A Prefeitura de Curitiba anunciou nesta terça feira, 28/02, que a tarifa de ônibus de Curitiba aumentará de R$ 5,50 para R$ 6 a partir da zero hora desta quarta-feira (1/3).
Por contrato, a tarifa é reajustada no fim de fevereiro de cada ano, com base na variação de custos do transporte coletivo. A exceção foram os anos da pandemia (2020 e 2021), em que a tarifa ficou congelada. Em 2022, o reajuste havia sido de 22%.
Segundo o presidente da URBS, Ogeny Pedro Maia Neto, o reajuste equivale a 9% e ficou abaixo do aumento dos custos do transporte coletivo na capital no último ano, que acumulam alta de 13,3%.
“O valor do reajuste de 2023 é o mínimo possível para manter a sustentabilidade do sistema frente ao aumento dos custos relacionados ao transporte, que subiram acima da média da inflação”, ressalta o presidente da Urbanização de Curitiba (Urbs), Ogeny Pedro Maia Neto.
A vereadora de Curitiba (PR), Professora Josete (PT) comentou, em entrevista ao Brasil de Fato Paraná, que "o novo aumento reforça a necessidade de intensificar a fiscalização sobre o transporte coletivo - o contrato atual encerra em 2025. Da forma como está, não sabemos efetivamente qual é o custo por quilômetro rodado e a definição da tarifa fica sujeita à falácia da Prefeitura e à relações nebulosas. Quem não se lembra da imagem do prefeito reunido com o dono de uma das principais empresas do transporte público no Graciosa Country Clube?"
"É fundamental que o novo contrato crie mecanismos que atribuam maior transparência a esse cálculo. Uma cidade que se diz modelo de transporte público para o país não pode ter a tarifa mais cara", enfatizou a vereadora.
O deputado estadual do Paraná, Goura (PDT), em suas redes sociais criticou o aumento, "a tarifa técnica já é R$7,49, e a tarifa que os usuários pagam na catraca vai para R$ 6,00 de acordo com a imprensa. É um absurdo, mais uma vez em Curitiba, a prefeitura mostra que privilegia os lucros dos empresários e não a função social do transporte."
"Nós temos que ter sim formas de baratear a tarifa, de buscar a tarifa zero, buscar o passe livre, entendendo o que o transporte coletivo é essencial pra saúde, para as urgências climáticas e que ele tem que ser sim priorizado na sua função social. Vamos ficar de olho", disse ele.
Cartão-usuário e vale-transporte
Para quem adquiriu créditos por meio de vale-transporte (aquele em que o empregador carrega os créditos para seus funcionários), o novo valor da tarifa só vale para novas compras. Assim, se o usuário tinha dez passagens a R$ 5,50 (R$ 55), ele continuará com o mesmo número de bilhetes com um prazo de carência para uso de 30 dias a partir de 1 de março. Após esse período, o desembolso será de R$ 6 por passagem.
Para o cartão-usuário (que é carregado por pessoa física), no entanto, não há carência e passa a valer a nova tarifa de R$ 6 sobre os créditos já adquiridos a partir de 1/3.
Fonte: BdF Paraná
Edição: Pedro Carrano