O Ministério da Defesa russo comunicou nesta quarta-feira (1º) que impediu "uma tentativa de realizar um ataque maciço de drones" por parte da Ucrânia na península da Crimeia, anexada pela Rússia desde 2014. A informação foi divulgada pelo porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia, Igor Konashenkov.
"Uma tentativa do regime de Kiev de realizar um ataque maciço de drones às instalações da península da Crimeia foi impedida. Seis veículos de ataque ucranianos não tripulados foram abatidos por sistemas de defesa aérea. Outros quatro veículos aéreos não tripulados ucranianos foram desativados por equipamento de combate eletrônico. Não houve vítimas ou destruição no terreno", afirmou.
Anteriormente, fontes ucranianas relataram que na noite de 1º de março, sons de explosões foram ouvidos na Crimeia, perto das aldeias de Chernomorskoye e Molochnoye, bem como na cidade de Saki.
Já nos dias 27 a 28 de fevereiro, uma série de drones caiu em várias regiões da Rússia, nos arredores de Moscou. De acordo com relatos da mídia russa, alguns do veículos não tripulados carregavam explosivos. O gabinete do presidente da Ucrânia, por sua vez, afirmou que as Forças Armadas da Ucrânia não atacam objetos dentro da Rússia e que os ataques com drones foram "ataques internos".
Além disso, na última terça-feira (28), houve um fechamento temporário do espaço aéreo na cidade russa São Petersburgo. As autoridades suspenderam a chegada e decolagem de aeronaves no aeroporto de Pulkovo. Posteriormente, o Ministério da Defesa da Rússia afirmou que estava conduzindo um treinamento de "controle de tráfego aéreo".
Ao Brasil de Fato, o diretor do Instituto Ucraniano de Política, Ruslan Bortnik, afirmou que a tendência é que, com apoio dos aliados ocidentais, a Ucrânia busque cada vez mais a transferir o custo das ações militares da guerra para o território da Rússia.
"Com o objetivo de desestabilizar a situação interna da Rússia e com o objetivo de aumentar os custos da Rússia, a Ucrânia vai buscar transferir a guerra, pelo menos a guerra aérea, para o território da Rússia para aumentar o custo desta guerra para a sociedade russa e para a liderança russa", afirmou.
Edição: Thales Schmidt