Quando se pensa em lideranças de movimentos e insurgências pela América Latina e Caribe, logo vem à cabeça líderes como Che Guevara, figura importante da Revolução Cubana, Simón Bolívar, que atuou nas lutas de libertação de Bolívia, Venezuela, Panamá, Colômbia, Peru e Equador José de San Martín, que participou do processo de independência da Argentina, do Chile e do Peru, entre outros nomes.
Raramente, no entanto, são referenciadas as mulheres que fizeram parte da história de libertação e luta da região. Nesse sentido, o Instituto Tricontinental de Pesquisa Social e Alba Movimentos lançaram o projeto "Crisálidas: Memórias feministas da América Latina e do Caribe" para recuperar a história de lutas, resistências, insurreições e sonhos revolucionários liderados por mulheres e pessoas LGBTQ+ na América Latina.
O projeto começa, neste 8 de março, com três histórias: a de Arlen Siu, guerrilheira que enfrentou a ditadura de Somoza na Nicarágua por meio da Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN); a de Maria Madalena dos Santos, mais conhecida como Dona Nina, que se dedicou à luta e organização das mulheres camponesas no início dos anos 1980, na Bahia; e a do movimento da Bolívia conhecido como "Las Bartolinas", que atua com o tema da soberania territorial e alimentar e a dignidade das mulheres camponesas e indígenas do país.
"Nesse mar de lutas continentais, nos propusemos a rebobinar a fita cassete e nos colocarmos naqueles momentos da história de Nuestra América em que as mulheres protagonistas estiveram na linha de frente da batalha para construir outro mundo possível", afirmam as organizações em nota.
"Pretendemos resgatar aquelas histórias que até hoje nos inspiram, nos desafiam e nos transformam de forma permanente. De algumas delas temos alguns rastros e de outras temos apenas um fio da meada. Em todas procuramos resgatar processos coletivos de desobediência, de revolução."
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Edição: Thalita Pires