A Rússia realizou bombardeios maciços em diversas regiões da Ucrânia nesta quinta-feira (9), disparando pelo menos 81 mísseis. Foram relatados ataques com vários tipos de munição: mísseis de cruzeiro aéreos e marítimos, mísseis de aeronaves guiadas, mísseis antiaéreos e oito lançamentos de drones. Pelo menos oito pessoas morreram.
De acordo com as autoridades ucranianas, os ataques atingiram a capital Kiev, a cidade portuária de Odessa, no Mar Negro, e a segunda maior cidade do país, Kharkov, além de alvos a oeste do rio Dnipro e na região central da Ucrânia. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que dez regiões do país foram atingidas.
Após os bombardeios, o prefeito da capital Kiev, Vitali Klitschko, informou que houve apagões de emergência na cidade, destacando que 40% dos consumidores na capital da Ucrânia ficaram sem aquecimento. O chefe da administração militar de Kiev, Serguei Popko, anunciou que o alarme de alerta de bombardeio durou sete horas.
O Ministério da Defesa da Rússia declarou que o ataque foi uma ação de "retaliação em resposta às ações terroristas organizadas pelo regime de Kiev na região de Bryansk".
Em 2 de março, as autoridades russas anunciaram que um "grupo de sabotagem ucraniano" havia se infiltrado nas regiões fronteiriças da região de Bryansk. De acordo com as autoridades locais, os supostos sabotadores deixaram duas pessoas mortas e outras três, incluindo uma criança, ficaram feridas. O presidente russo, Vladimir Putin, chamou o incidente de "ataque terrorista".
O Ministério de Defesa russo afirmou que, durante os bombardeios desta quinta-feira, os alvos foram "elementos-chave da infraestrutura militar da Ucrânia, empresas do complexo militar-industrial, bem como instalações de energia que os fornecem foram atingidos".
A última vez que um bombardeio comparável em escala foi registrado na Ucrânia foi em 10 de fevereiro, quando pelo menos 70 foguetes foram disparados contra o território do país, mas não houve mortes.
Edição: Thales Schmidt