5 anos

Moradores de ocupação no Rio de Janeiro pedem justiça por Marielle e Anderson

Uma faixa foi pendurada na fachada da Ocupação Vito Giannotti clamando por respostas para as investigações do caso

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
A ocupação é localizada na zona portuária do Rio de Janeiro e foi fundada em 2016 - Pablo Vergara

Nesta terça-feira (14), dia em que se completa cinco anos do assassinato da ex-vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco, e de seu motorista Anderson Gomes, moradores da Ocupação Vito Giannotti penduraram uma faixa na fachada do prédio clamando por justiça para o caso sem respostas. 

A ocupação é localizada na zona portuária do Rio de Janeiro e foi fundada em 2016, com o objetivo de dar função social a um prédio de propriedade do Instituto Nacional de Seguro Socia (INSS), abandonado há mais de 15 anos. O prédio originalmente era um hotel, o que torna evidente sua vocação para a moradia.

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“Moradores organizados em movimentos sociais na luta pela moradia gritam por justiça e se solidarizam com os familiares”, disseram em nota enviada à imprensa.

Investigações

O assassinato de Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes, em 14 de março de 2018, é  considerado o maior crime político da história recente do país e ocorreu seis meses antes da eleição presidencial vencida por Jair Bolsonaro (PL).

Agora, em 2023, a chegada de um novo governo, liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), se abre uma nova janela de esperança para amigos e familiares, que desde a noite do crime convivem com a pergunta: "Quem mandou matar Marielle?".

Pelas investigações do assassinato já passaram cinco delegados e 10 promotores do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro. Mas a pergunta segue aberta. No horizonte, um inquérito que segue em segredo, sem que as famílias de Marielle Franco e Anderson Gomes, ou a jornalista Fernanda Chaves, única sobrevivente do atentado, tenham acesso às informações.

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Advogados dos familiares de Marielle Franco e Anderson Gomes impetraram um mandado de segurança, no Superior Tribunal Federal (STF), solicitando acesso ao inquérito.

"As autoridades têm a obrigação de solucionar esse crime. Minha mãe deve ser lembrada pela sua mobilização da dignidade e contra as injustiças, não por um crime sem respostas", disse Luyara Santos, filha de Marielle Franco, em trecho de entrevista dada ao Brasil de Fato.

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Fonte: BdF Rio de Janeiro

Edição: Mariana Pitasse