contra juros altos

Centrais vão às ruas em todas as regiões do país nesta terça; confira horários e locais

Atos pressionam o Banco Central no dia em que começa a reunião do Comitê de Política Monetária, que decide sobre taxas

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |

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Ato em Brasília acontecerá junto à sede do BC - Foto: Agência Brasil

Representantes de centrais sindicais e movimentos populares se reúnem nesta terça-feira (21) em atos em todas as regiões do país para pressionar o Banco Central (BC) contra as altas taxas de juros vigentes no país. No mesmo dia, começa a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), responsável por decidir sobre as taxas. Confira no fim do texto a lista de atos com horários e locais.

As manifestações foram convocadas pelas centrais CUT, Força Sindical, CTB, UGT, CSB, NCST, CSP Conlutas, Intersindical e A Pública, e pelos movimentos Povo Sem Medo e Frente Brasil Popular. Além de pedirem a queda na taxa básica de juros, a Selic (hoje em 13,75% ao ano), as entidades querem a saída de Roberto Campos Neto, presidente do BC, indicado pelo hoje ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

"A saída de Campos Neto é necessária porque ele conspira contra o crescimento econômico e contra o povo. Ele está jogando o país na recessão com uma política econômica que saiu derrotada das urnas nas últimas eleições. O certo é ele sair pois não age de acordo com a vontade do povo brasileiro que disse não a um projeto neoliberal econômico", disse a vice-presidente da CUT Nacional, Juvandia Moreira.

Campos Neto tem sido alvo de críticas diretas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Apesar de ser um órgão federal, Lula não tem o poder de trocar o comando do BC, devido a um projeto de lei que foi aprovado durante a gestão Bolsonaro e que deu autonomia ao banco em relação ao governo. Pelas regras atuais, Campos Neto fica no cargo até o fim de 2024.

Sardinhas para o povo

No ato da capital paulista, junto à sede do BC na cidade, os sindicalistas vão distribuir sardinhas assadas para a população, com a intenção de chamar atenção para as consequências dos juros altos no dia a dia de cada um de nós. O peixe já foi usado em outros atos das centrais.

"Já fizemos diversos movimentos, até dentro do [primeiro] governo Lula, 2003, 2004, 2005, a taxa também era alta. A sardinha é o contraponto ao tubarão, que representa os banqueiros, os rentistas. A sardinha é o povão. É uma simbologia", explica o presidente da Força Sindical, Miguel Torres.

Lista de atos desta terça-feira contra os juros altos

A maior parte dos atos acontece junto às representações do Banco Central espalhadas pelo país. Os horários variam de acordo com a localidade.

  • Aracaju (SE): às 7h30, junto à sede do BC - Praça General Valadão, Centro
  • Belém (PA): às 9h, junto à sede do BC - Boulevard Castilhos França, 708 – Campina
  • Belo Horizonte (MG): às 11h, na Praça Sete
  • Brasília (DF): às 12h30, junto ao Edifício Sede do BC, Setor Bancário Sul (SBS), Quadra 3, Bloco B
  • Curitiba (PR): às 11h, junto à sede do BC - na avenida Cândido de Abreu, 344 – Centro Cívico
  • Fortaleza (CE): às 9h30, junto à sede do BC, avenida Heráclito Graça, 273 – Centro
  • Porto Alegre (RS): às 12h, junto à sede do BC, rua 7 de Setembro, 586 – Centro
  • Rio de Janeiro (RJ): às 17h, junto à sede do BC, avenida Presidente Vargas, 730 – Centro
  • Recife (PE): às 9h, na avenida Conde da Boa Vista, 785 - Boa Vista - em frente ao Banco Santander
  • Salvador (BA): às 9h na 1ª avenida, 160 – Centro Administrativo da Bahia (CAB)
  • São Paulo (SP): às 10h junto à sede do BC, avenida Paulista, 1804 – Bela Vista

Edição: Rodrigo Durão Coelho