Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
No Result
View All Result
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
No Result
View All Result
Brasil de Fato
Início Opinião

Análise

Luta antirracista: Por que parte da esquerda chama nossas pautas de identitaristas?

A esquerda precisa rever o pacto da branquitude e fortalecer a luta racial, feminista e anti-LGBTfóbica

22.mar.2023 às 07h42
Brasília (DF)
Márcia Santos Severino

"Há uma polêmica dentro da esquerda que se dá em torno do convencionou-se chamar de identitarismo" - Foto: Vanessa Tutti

Recentemente o filósofo e professor Vladimir Safatle fez uma reflexão acerca da esquerda brasileira que considerei muito pertinente. Segundo ele, hoje só haveria um único extremo que é a extrema direita e é necessário que haja dois extremos para que almejemos um reequilíbrio da luta política.

No caso brasileiro, muitos companheiros tem evitado ir ao extremo e ido cada vez mais em direção ao centro.

Existe aqui um fator chave para pensarmos tal recuo. A esquerda brasileira ainda não compreendeu uma coisa básica para se pensar e também para se travar uma luta no seio da política e da sociedade brasileira: não há possibilidade de suplantar as forças de extrema direita sem compreender que no Brasil há um pacto da branquitude e que o conservadorismo da extrema direita brasileira representa esse pacto, inclusive o extremismo direitista surge principalmente para que ele se mantenha.

Os governos petistas trouxeram sim algum legado para a luta política brasileira. E não à toa uma mulher, presidente petista sofreu um golpe. Tal golpe foi para a manutenção do pacto da branquitude e da masculinidade, ou vocês se esqueceram dos discursos misóginos que foram usados contra a companheira Dilma Rousseff? Os discursos de ódio contra mulheres, negros, LGBT’s são a tônica da extrema direita brasileira. Embora possamos obviamente fazer críticas, durante os governos do PT, estes grupos sociais passaram a ver suas reivindicações e pauta de discussão na sociedade, mesmo que não da forma como a luta antirracista almejava.

Há uma polêmica dentro da esquerda que se dá em torno do que convencionou-se chamar de identitarismo. Segundo alguns, ele estaria enfraquecendo as lutas ligadas a classe e a esquerda como um todo.

O que ainda não conseguiram ver é que na verdade é justamente o contrário.

Foi a necessidade de políticas públicas e a história da luta dos movimentos negros no Brasil que ensejou o avanço das principais pautas sociais, de uma maneira geral, nas quais avançamos.

Eu convido os companheiros de esquerda a fazerem a seguinte reflexão e tentar pensar em uma resposta a essa pergunta: já que estamos falando em identitarismo, o que o identitarismo branco tem feito pelo país até os dias atuais?

A manutenção de uma classe, uma raça, um gênero e uma única orientação sexual na e da política nacional para a perpetuação desse modelo tem feito, como diria a professora Maria Aparecida Bento, um pacto tácito e narcísico em que a raça branca se torna o universal e as outras identidades são diminuídas, senão exterminadas para que brancos e homens se perpetuem no poder.

A conscientização da sociedade acerca dessas pautas tende a dar ensejo a nossa luta política, visto que a maioria da sociedade brasileira passará a compreender os sujeitos que os subalternizam desde a colonização.

Não faz sentido falar de um identitarismo nessas pautas, na verdade se perguntem: quem são os verdadeiros identitaristas?

Visto que a cultura branca, cisheteronormativa e masculinista está tão arraigada e difundida em nossa sociedade que vocês sequer compreenderam que a luta de classes no Brasil depende da destruição dessa normatividade.

Aliás, afinal, isto está arraigado hegemonicamente desde o Brasil colônia. A conscientização da sociedade acerca dessas pautas tende a dar ensejo a nossa luta política.

A conclusão óbvia disso é que a esquerda brasileira só irá para o extremo quando revir o pacto da branquitude que há em suas fileiras e resolver, de uma vez por todas, fortalecer a luta racial, feminista e anti-LGBTfóbica.

Aliás, companheiros brancos que falam em identitarismo, reflitam: a ojeriza de vocês a essas pautas a ponto de atacá-las, veementemente, chamando de identitarismo, não é para garantir seus próprios privilégios?

Por que os cargos de dirigentes de nossos partidos e movimentos seguem tendo a mesma composição dos cargos dirigentes das grandes empresas capitalistas, qual seja, homens brancos?

Sem tais questionamentos e análises a esquerda tende a seguir cada vez mais para o centro, correndo o sério risco de se fundir com ele. Ou coisa bem pior.

*Márcia Santos Severino é filósofa, professora do ensino básico no Distrito Federal e militante do Movimento Negro Unificado do Distrito Federal e Entorno.

**Este é um artigo de opinião. A visão da autora não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato – DF.

:: Clique aqui para receber notícias do Brasil de Fato DF no seu Whatsapp ::

Editado por: Flavia Quirino
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

AGRICULTURA FAMILIAR

STF suspende despejo de 500 famílias solicitado pela Suzano no Maranhão

Segue sem acordo

Sem citar provas, Gilmar Mendes critica ONGs na retomada das audiências de conciliação sobre marco temporal

EDUCAÇÃO

Enem 2025: saiba critérios para pedir isenção da taxa de inscrição

MONITORAMENTO

Apesar da redução, desmatamento ainda ameaça futuro da Mata Atlântica

5ª edição

‘Foi gigante em todos os sentidos’: dirigente do MST comemora sucesso da Feira da Reforma Agrária em SP

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

No Result
View All Result
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Radioagência
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.