O rapper Jefferson da Silva Alves, conhecido como DJ Jamaika, faleceu nesta quinta-feira, 23, aos 55 anos. Uma das maiores referências da cultura Hip Hop no Brasil, Jamaika foi vítima de um câncer na coluna, e já lutava contra a doença há alguns anos.
Morador da maior favela da América Latina, o Sol Nascente, Jamaika é conhecido nacionalmente pela obra “Utopia” que apresentou a música mais consagrada de sua carreira "Tô só observando". Seus beats compuseram trilhas sonoras de filmes do cineasta ceilandense Adirley Queirós (“Rap, o Canto da Ceilândia” e “Branco sai, preto fica”) e também de filmes internacionais. Considerado o mestre do bass, o artista influenciou gerações de cultura de origem periférica.
Artistas do país inteiro, parlamentares e fãs receberam a notícia do falecimento com pesar. “DJ Jamaika foi muito importante para nós, valeu cara”, disse Nelson Triunfo, dançarino de break, músico e ativista social.
A articulação nacional do Cinquentenário do Hip Hop, que promoverá neste ano no Brasil a comemoração dos 50 anos do surgimento do Hip Hop no mundo, lamentou por meio de nota o falecimento e registrou o legado do artista.
“Todo o Hip hop brasileiro lamenta a perda do irmão DJ Jamaika. Além de referência na cultura hip hop, ele pavimentou um caminho que neste ano comemoramos mundialmente 50 anos. DJ Jamaika deixa uma filha de grande talento, que é fruto da sua trajetória e uma biografia musical que já está marcada neste cinquentenário”.
O deputado distrital Max Maciel também prestou homenagem ao cantor pelo twitter e citou que o artista marcou a sua geração. “Com pesar, que sabemos da morte do Rapper DJ Jamaika. Um dos nomes que fizeram do DF uma referência do Rap Nacional. Marcou uma geração. Marcou a minha geração. Meus sentimentos a toda família e amigos”, destacou.
Outros artistas como Japão do grupo Viela 17 também deixaram mensagem para a família do cantor em reconhecimento ao trabalho desenvolvido. “O DJ Jamaika é um dos principais pioneiros do Hip Hop brasileiro e nacional. É sempre triste quando perdemos alguém que contribuiu tanto para a cultura e a arte em nosso país. Mas é importante lembrar de sua luta pela valorização e reconhecimento do Hip Hop como uma forma de arte e cultura legítima, e de sua contribuição para a cena musical brasileira. Que a memória e o legado de Dj Jamaika continuem inspirando novas gerações de artistas e amantes da música no Brasil e no mundo.”
O rapper GOG também prestou homenagens à Jamaika. "O que o Hip Hop une através das suas histórias, não se apaga. Hoje é um dia triste, perdemos um dos mais talentosos e potentes artistas do nosso movimento".
A Frente Nacional de Mulheres no Hip Hop e outros artistas da cena como Atitude Feminina, MV Bill, Rei do Cirurgia Moral, entre outros nomes também prestaram homenagens ao rapper.
As informações de velório e enterro ainda não foram divulgadas.
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Fonte: BdF Distrito Federal
Edição: Flávia Quirino