Representantes de movimentos populares do Brasil se reúnem nesta quinta-feira (30) com o ex-presidente equatoriano Rafael Correa, em São Paulo. O encontro terá participação de integrantes de centrais sindicais, organizações estudantis e entidades da sociedade civil, além de pesquisadores.
O líder político equatoriano é vítima de um caso reconhecido internacionalmente como de lawfare - ou seja, uma perseguição política e judicial. Ele foi condenado a oito anos de prisão em seu país de origem. Atualmente, vive na Bélgica, na condição de exilado político.
"O lawfare foi aplicado nos últimos anos aos diferentes líderes progressistas que não conseguiram derrotar nas urnas: Brasil, Bolívia, Argentina, Paraguai, Equador. Isso não é casualidade, faz parte da estratégia", disse o ex-presidente durante live em maio do ano passado.
Correa e seu vice, Jorge Glas, foram acusados de receber financiamento indevido de campanha por meio de repasses financeiros de construtoras. Além da ordem de prisão, eles tiveram os direitos políticos suspensos por 25 anos. Glas chegou a ser preso, mas conseguiu habeas corpus.
O objetivo do encontro desta quinta é fazer um debate sobre o andamento dos processos políticos latino-americanos. Correa presidiu o Equador entre os anos de 2007 e 2017.
Edição: Rodrigo Durão Coelho
