A polícia de Israel invadiu e expulsou palestinos da mesquita de Al-Aqsa nesta quarta-feira (5). As autoridades israelenses afirmam que a ação das forças de segurança foi necessária para expulsar "extremistas" que se instalaram dentro da mesquita e estavam impedindo o acesso ao local.
De acordo com a BBC, os palestinos se instalaram na mesquita após surgirem informações de que um grupo extremista judeu pretendia sacrificar uma cabra no Monte do Templo, nas proximidades do local. A mesquita de Al-Aqsa é um dos locais mais sagrados do Islã e divide o topo da colina, que é sagrada para os judeus.
O mais recente episódio de violência ocorre durante o mês sagrado do Ramadã, para os islâmicos, e o feriado de Páscoa dos judeus.
O Crescente Vermelho Palestino afirma que 50 pessoas ficaram feridas e que há palestinos em situação crítica sob a custódia de Israel.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que a polícia agiu para "manter a ordem e acalmar a situação no Monte do Templo". "Israel está comprometida em manter a liberdade de culto, o livre acesso a todas as religiões e o status quo no Monte do Templo, e não permitirá que extremistas violentos mudem isso", disse o premiê.
Ainda de acordo com a BBC, a administração da mesquita afirmou que os policiais israelenses praticaram "uma violação flagrante da identidade e função da mesquita como um local de culto apenas para os muçulmanos".
"Avisamos à ocupação [Israel] para não cruzar as linhas vermelhas nos lugares sagrados, o que levará à grande explosão", afirmou Nabil Abu Rudeineh, porta-voz do presidente palestino Mahmoud Abbas.
A invasão da mesquita de Al-Aqsa por Israel em 2021 foi um detonador para a erupção de 11 dias de violência entre Israel e Palestina.
Edição: Patrícia de Matos