A estreia do Athletico na Libertadores contra o Alianza Lima do Peru foi marcada pelo nervosismo, tanto da torcida quanto dos jogadores em campo. Era o jogo mais importante do ano até aqui, e isso, somado à ansiedade da equipe em buscar o tão sonhado título da Libertadores, gerou um clima não muito bom para a partida. E, para completar, o estádio estava completamente lotado e com uma torcida vibrante durante os 90 minutos.
Em campo, o jogo do lateral Pedrinho foi um dos exemplos mais claros do nervosismo da equipe. A quantidade de erros que cometeu, especialmente no primeiro tempo, é fora do comum para um jogador profissional. O atacante Cuello, que vinha jogando bem pelo Paranaense, estava irreconhecível. Perdeu um gol feito e errou em quase todas as participações de ataque.
O técnico Paulo Turra, que até aqui vem fazendo uma campanha fora da curva, fez escolhas no mínimo questionáveis. Colocou em campo Willian Bigode para fazer sua estreia com a camisa rubro-negra. Pior momento, impossível. Colocou também o atacante Rômulo, que não vinha atuando pela equipe. Ou seja: o entrosamento despencou.
Pablo, artilheiro do time, demorou para entrar. E quando o zagueiro Thiago Heleno foi expulso ao tentar matar o contra-ataque adversário, o empate começou a soar como bom resultado, apesar de o time peruano ser o mais fraco do grupo (não vence na Libertadores desde 2012!).
Os pontos positivos e que merecem ser ressaltados foram: a extrema competência de volante Fernandinho, magistral em um nível muito acima dos demais, com boas participações na marcação e na criação ofensiva, e Vitor Roque, que, apesar da idade, não sente o peso de jogos importantes e criou as melhores oportunidades da equipe, principalmente no primeiro tempo. O começo é sempre difícil, mas uma coisa está cada vez mais clara: temos time para vencer!