A ideia de ofertar sessões de cinema adaptadas para crianças e adolescentes com distúrbios sensoriais nasceu de um encontro das mães atípicas com a vereadora de Curitiba, Maria Leticia (PV), que protocolou a sugestão para a Prefeitura.
"Conversamos com as mães e com gestores de espaços culturais na cidade. Percebemos que esse projeto demanda poucos recursos, mas traz muitos benefícios. Queremos promover a inclusão por meio da cultura e do lazer", explica a autora da proposta.
"Tenho um filho TEA e uma filha neurotípica. Ele sofre com o barulho e com a escuridão, então a gente acaba saindo antes (da sessão de cinema)", explica a mãe atípica Kelly Cristina Klebis dos Santos.
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Segundo Adriana Czelusniak, idealizadora do Vivendo a Inclusão, programa que promove eventos e debates sobre neurodiversidade, autismo e inclusão, a oferta do cinema adaptado pode beneficiar mais de 20 mil pessoas só em Curitiba. "Costumam estipular 1% da população, mas não levam em conta os autistas que têm diagnóstico e são nível 1, que antes não eram contemplados. Se identificava mais os níveis 2 e 3", explica.
Consulta pública é aberta
Para ajudar a prefeitura a implementar o projeto, a vereadora e as organizações que trabalham pela inclusão de pessoas com TEA, como UPPA (União de Pais Pelo Autismo) e Vivendo a Inclusão, criaram uma consulta pública sobre o tema. A ideia é dimensionar o interesse e a adesão da população à iniciativa, ajudando a Prefeitura a mapear o serviço.
A participação na consulta pública Cine Inclusão: Cinema adaptado para pessoas com TEA é aberta a toda população e pode ser realizada por meio do site: https://bit.ly/cineadaptado
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Fonte: BdF Paraná
Edição: Ana Carolina Caldas