Na última segunda-feira (10), a ministra do Turismo, Daniela Carneiro, conhecida como Daniela do Waguinho, pediu autorização do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para deixar a sigla sem sofrer punições pelas regras de fidelidade partidária. Ela justifica o pedido afirmando que está sofrendo assédio político por parte da cúpula do partido.
Outros cinco deputados do Rio de Janeiro também pediram ao tribunal para sair da sigla. Os congressistas alegam sofrer discriminação por parte do diretório nacional do União Brasil, citando nominalmente serem alvos de Luciano Bivar e Antonio Rueda.
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Na lista de insatisfações está o bloqueio de verbas partidárias e divergências na distribuição de cargos no governo do estado e na prefeitura do Rio de Janeiro.
Segundo a repercussão do caso publicada em alguns veículos da imprensa, como a CNN, a saída vai além, integrando parte de uma briga pelo controle do diretório estadual da sigla. A situação teria se agravado diante de movimento de Bivar, de aproximação de adversários políticos da família Carneiro.
Especulações
As especulações políticas do noticiário têm se concentrado nos futuros passos de Daniela Carneiro e de sua vaga como ministra. Nesta terça-feira (11), em resposta aos questionamentos colocados pela imprensa, o ministro da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Alexandre Padilha, disse que o caso do pedido de desfiliação da ministra do Turismo deve ser tratado pelo governo “sem precipitação”.
O ministro disse que ainda é cedo para que o governo adote um posicionamento sobre o caso ou defina se Daniela Carneiro continuará ou não no Ministério, uma vez que sua vaga tem sido atribuída ao União Brasil, partido ao qual continua filiada. Padilha disse que será preciso “dialogar”.
No mesmo movimento dos parlamentares, o prefeito de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, Waguinho, marido de Daniela, saiu do União Brasil e se filiou ao Republicanos. O anúncio foi feito na última segunda-feira (10). Em seu perfil no Instagram, ele anunciou ser o novo presidente do diretório estadual do partido. Como ele é chefe do Executivo municipal, não precisa seguir a chamada "fidelidade partidária"- que fez com que Daniela e os outros deputados tivessem que pedir autorização do TSE.
Fonte: BdF Rio de Janeiro
Edição: Mariana Pitasse