Médicos do Reino Unido iniciaram nesta terça-feira (11/04) uma greve de quatro dias em disputa com o governo britânico que cortou os salários de profissionais residentes em 26% desde 2008.
A Associação Médica Britânica (BMA) também aponta que os aumentos salariais não respeitaram a inflação no país, que atinge 10,1%, e assim, o recrutamento e a retenção de médicos residentes é dificultada.
Por sua vez, o executivo britânico considera inviável um aumento salarial considerável, na ordem dos 35% solicitados pelos residentes.
Já o Serviço Nacional de Saúde (NHS) do Reino Unido alerta que a greve pode colocar "imensa pressão" na equipe e nos serviços de atendimento ao paciente, já que cerca de 350.000 consultas, incluindo operações, terão que ser canceladas.
A entidade assistencial pediu aos médicos que priorizem o atendimento de emergência para garantir a assistência às pessoas que se encontram em situações de risco de vida.
O ministro da Saúde, Steve Barclay, afirmou que é "extremamente decepcionante que o BMA tenha convocado uma greve por quatro dias consecutivos".
“Eu esperava iniciar negociações salariais formais com o BMA no mês passado, mas a exigência de um aumento salarial de 35% não é razoável”, enfatizou.
Esta greve dos médicos residentes ocorre depois de outras que nos últimos meses foram apoiadas por trabalhadores de outros setores – como ferroviário, segurança aeroportuária ou enfermeiras – em busca de aumentos salariais.
(*) Com TeleSUR.
Artigo original publicado em Opera Mundi.