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Campanha arrecada R$ 240 mil para Max Ângelo, entregador agredido a chicotadas no Rio

Trabalhador, que vive de aluguel na favela da Rocinha, pretende comprar uma casa própria com o dinheiro

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Após adiar ida na delegacia, Sandra Mathias presta depoimento no inquérito que investiga as agressões nesta segunda-feira (17) - Reprodução/Redes sociais

Uma campanha de arrecadação virtual para ajudar o entregador Max Ângelo dos Santos, agredido pela ex-atleta e professora de vôlei Sandra Mathias Correia de Sá na última semana, ultrapassou a meta e já passa de R$ 240 mil. Em três dias, a iniciativa soma mais de 8 mil doadores.

Max mora de aluguel com a esposa e três filhos na favela Rocinha, na zona Sul, e sonha comprar a casa própria. Com o apoio do apresentador Luciano Huck e do ator João Vicente de Castro, a campanha foi criada com a meta inicial de R$ 100 mil, alcançada em menos de 24 horas.

Leia mais: “Ela me tratou como se eu fosse escravo", diz entregador agredido por moradora de São Conrado

A agressora, que foi flagrada dando golpes no entregador com uma guia de cachorro, prestou depoimento na 15ª DP, na zona Sul, na tarde desta segunda-feira (17). Ela adiou a ida na delegacia após apresentar atestado médico.

"Ela me tratou como se eu fosse escravo. Só que ela está esquecendo que o tempo da escravidão já acabou há muitos anos. E isso não pode acontecer. É inadmissível", disse o entregador à imprensa quando prestou a queixa. As imagens causaram comoção e revolta pela violência e por remeter à punição praticada por meio de açoite no período da escravidão.

Nas redes sociais, Max Ângelo agradeceu mensagens de apoio e compartilhou que tem recebido oportunidades de emprego após a repercussão do caso. No último final de semana, ele recebeu uma bolsa de estudos para cursar Direito. Ele também recebeu uma motocicleta e uma bicicleta elétrica do iFood.

Além de Max, uma outra entregadora que estava no local foi vítima das agressões de Sandra Mathias - que acumula passagens pela polícia, segundo apuração do portal g1

Em 2007, ela foi acusada de lesão corporal, em 2012, foi denunciada por injúria e ameaça, e, em 2021, por furto de energia na praia onde tinha uma escola de vôlei. Sandra ainda responde a um inquérito na Polícia Federal por fraude em licitação.

Fonte: BdF Rio de Janeiro

Edição: Clívia Mesquita