MOBILIZAÇÃO

Moradores de Piumhi, em Minas, lançam abaixo-assinado contra mineração

População teme que atividade minerária polua águas e danifique solo

Brasil de Fato | Belo Horizonte (MG) |
O abaixo assinado conta com quase 5000 assinaturas - Foto: Reprodução/ Change.org/ Amigos Araras

Os moradores de Piumhi, no Centro-Oeste de Minas Gerais, lançaram, na última semana, um abaixo-assinado contra a retomada da atividade minerária nas regiões do Alto Araras, Cachoeira da Belinha e Morro da Onça. A carta já possui quase cinco mil assinaturas e denuncia que a mineração no território pode trazer impactos para o meio ambiente a para a saúde da população.

Desde o início do mês, o tema tem aparecido em debate nas reuniões da Câmara de Vereadores do município. 

"Sabemos que a extração de cromo já foi realizada nessas regiões anteriormente, causando danos significativos ao meio ambiente. Por isso, é fundamental que medidas efetivas sejam tomadas para evitar que essa atividade seja retomada", destaca o abaixo-assinado.

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Os moradores reivindicam a preservação da fauna e da flora da região e enfatizam que uma de suas maiores preocupações é de que a ação de mineradoras contribua para a poluição das águas. Além disso, temem que a produção de rejeitos danifique o solo e o ar.

Para assinar o documento, clique neste link.

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Leia o abaixo-assinado:

Aos órgãos governamentais competentes,

Nós, abaixo assinados, vimos por meio deste solicitar a proibição imediata da retomada da extração de minérios (cromo, ferro, manganês) na região do Alto Araras, Cachoeira da Belinha e Morro da Onça.

Entendemos que essa atividade pode trazer graves impactos ambientais e de saúde para a região, principalmente em relação à poluição da água e à geração de rejeitos tóxicos que podem afetar irreversivelmente a qualidade da água que abastece Piumhi, e também a flora e fauna local.

Sabemos que a extração de cromo já foi realizada nessas regiões anteriormente, causando danos significativos ao meio ambiente. Por isso, é fundamental que medidas efetivas sejam tomadas para evitar que essa atividade seja retomada.

A poluição da água é um dos principais impactos dessa atividade, tanto que o ribeirão Araras até hoje sofre com os assoreamentos e rejeitos. A extração de minério de cromo e ferro pode prejudicar o ecossistema aquático e os rejeitos comprometem o acesso à água potável de qualidade para a população, uma vez que o ribeirão Araras abastece a cidade.

A geração de rejeitos de mineração danificam o solo, a água e o ar, afetando a saúde das pessoas, e também afeta um dos grandes potenciais turísticos da cidade.

Por fim, destacamos a importância da preservação da rica flora e fauna da região do Alto Araras, Cachoeira da Belinha e Morro da Onça. Essa área é um importante habitat para diversas espécies de animais e plantas, muitas delas ameaçadas de extinção. A extração desses minérios  pode comprometer irreversivelmente esse ecossistema, prejudicando a biodiversidade da região e a saúde da população.

Diante do exposto, solicitamos aos órgãos governamentais competentes que atuem de forma efetiva na proibição da retomada da extração de minérios na região do Alto Araras, Cachoeira da Belinha e Morro da Onça, em defesa do meio ambiente e da saúde da população da cidade: 

1-Que seja respeitada a Lei Municipal 2.091/2012, que proíbe instalação de empreendimentos que tragam riscos as condições naturais do Ribeirão Araras em seus aspectos estéticos, físicos, químicos, biológicos ou volume de sua vazão.

2-Que sejam compensados os impactos ambientais da mineração de cromo das décadas passadas e criada legislação para proteção da bacia hidrográfica do Córrego Caxambu, que forma a Cachoeira da Belinha e corta a área urbana de Piumhi.

3-Criação de unidade de conservação de proteção integral na micro-bacia da Cachoeira da Belinha para sua preservação.

Atenciosamente,

Os abaixo assinados.

 

Fonte: BdF Minas Gerais

Edição: Elis Almeida