Desde a madrugada desta quinta-feira (27), o Movimento Unidos dos Camelôs (MUCA) realiza um protesto na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, no centro da cidade, pelo fim da violência nas ações da Guarda Municipal e da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop).
Duas representantes do movimento se acorrentaram aos portões da Câmara, às 5h30 desta quinta. Outros trabalhadores informais e apoiadores chegaram ao longo do dia para uma manifestação que tomou as escadarias da Casa legislativa. O ato teve participação de ambulantes e feirantes, além de parlamentares e movimentos sociais.
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A coordenadora do MUCA, Maria de Lurdes do Carmo, conhecida como Maria dos Camelôs, e a camelô e militante Aline Araújo, ficaram acorrentadas por mais de 12 horas. Além de denunciar a violência, o protesto também cobra um encontro da categoria com o prefeito Eduardo Paes (PSD).
"Nós não queremos mais reunião com Brenno Carnevale [secretário de Ordem Pública]. Ele também faz promessas e nunca as cumpre. Não vamos sair daqui até sermos atendidas pelo prefeito. Essa covardia precisa acabar. Ninguém nasce camelô. Estamos nas ruas por causa do alto índice de desemprego, pela insegurança alimentar e para sustentar nossas famílias", disse Maria dos Camelôs, que tenta ser recebida pela prefeitura desde 2021.
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Entre as reivindicações também estão a regularização da categoria, criação de depósitos legalizados e a transferência das pautas referentes aos camelôs e ambulantes da Secretaria de Ordem Pública (SEOP) para a Secretaria Municipal de Trabalho e Renda (SMTE).
Em nota, a assessoria de imprensa da SEOP afirmou que tem prerrogativa legal para realizar a apreensão das mercadorias de ambulantes ilegais."Muitas vezes, durante a abordagem, os ambulantes resistem à ação dos agentes, atacam as equipes e é necessário o uso diferenciado da força. A SEOP informa que há ocorrências em análise pela corregedoria da secretaria sobre eventuais excessos dos agentes", informou.
A secretaria acrescentou que desde 2021 concedeu 500 novas licenças a ambulantes, além de mais de mil estruturas para trabalho.
Fonte: BdF Rio de Janeiro
Edição: Clívia Mesquita