O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, anunciou nesta quarta-feira (26/04) os sete novos ministros do seu gabinete, que substituem aqueles que deixaram o governo na noite anterior.
Ao todo, foram sete os ministros trocados: no Ministério do Interior, saiu Hernando Prada e entrou Luis Fernando Velasco. Na Fazenda, José António Ocampo deu lugar a Ricardo Bonilla. Na Agricultura, Cecilia López foi substituída por Jhenifer Mojica.
No Ministério da Saúde, Diana Corcho foi trocada por Guillermo Jaramillo. Nas Comunicações, Sandra Urrutia deu lugar a Óscar Lizcano. Nos Transportes, Guillermo Reyes foi substituído por William Camargo. Finalmente, Arturo Luna deixou o Ministério de Ciência e Tecnologia, que passa a ser ocupado por Yesenia Olaya.
Também foi anunciado o novo chefe do Departamento de Administração da Presidência da República, já que o cargo era ocupado por Óscar Lizcano, que assumiu o Ministério das Comunicações. O posto passa a ser ocupado por Carlos Ramón González.
Na noite de terça-feira (25/04), Petro pediu a renúncia de todos os seus ministros, e que conformará o que chamou de “governo de emergência”, com a justificativa de que os novos integrantes devem ser mais leais às reformas que o Executivo enviou ao Congresso.
A medida foi tomada depois que partidos de centro que apoiavam o governo mostraram sinais de que votarão contra quatro das reformas impulsionadas por Petro. Segundo o periódico colombiano El Espectador, os projetos em questão seriam as reformas da Saúde, Trabalho, Previdência e Judicial.
— Gustavo Petro (@petrogustavo) April 26, 2023
Os partidos “rebeldes” são três: o Partido Liberal, o Partido Conservador e o União para o Povo [mais conhecido no país como Partido de la U]. Todas essas legendas passaram a apoiar Petro a partir do segundo turno das eleições presidenciais, em junho de 2022, e acabaram ganhando cargos no governo após o pleito.
Apesar de ter sido solicitada a renúncia de todos os ministros, apenas os que são militantes dos três partidos de centro deixaram efetivamente seus cargos. Os ministros ligados ao Pacto Histórico [aliança de esquerda que sustentou a candidatura de Petro desde o primeiro turno] continuaram em seus postos.