A Prefeitura do Rio apresentou em audiência pública, na última quinta-feira (27), a proposta para criação de um sistema de transporte público no complexo lagunar de Jacarepaguá, que inclui o bairro da Barra da Tijuca. As obras estão previstas para começar em 2024, com o lançamento do edital no próximo mês de junho.
O projeto prevê a construção de 29 estações, com demanda estimada de 87 mil passageiros por dia. A maior demanda encontra-se de Rio das Pedras e Muzema em direção à Linha Amarela e à Estação Jardim Oceânico. As primeiras estações deverão ser instaladas no Jardim Oceânico, Gigoia Sul, Rio das Pedras, Mario de Almeida, Linha Amarela e Muzema. Até o quinto ano da concessão, todas deverão estar instaladas.
Leia mais: Concessionária responsável pela Supervia anuncia que não quer mais operar os trens do RJ
A estimativa de investimento é de R$ 125 milhões, sendo R$ 50,7 milhões para os terminais, R$ 54,5 milhões para as embarcações, entre outras ações. A Prefeitura deverá fazer nas próximas semanas apresentações do projeto à iniciativa privada, com a publicação do edital em junho deste ano.
O secretário municipal de coordenação governamental, Jorge Arraes, destacou que a medida representará uma alternativa ao transporte viário da região, que está sobrecarregado. "As opções de transporte público são insuficientes, em função da alta densidade populacional", ressaltou.
O presidente da Câmara Municipal, vereador Carlo Caiado (PSD), disse que é fundamental a integração do novo sistema com os transportes de massa, como o metrô e o BRT, e destacou a importância de incluir os barqueiros que já atuam nas lagoas no processo de concessão do transporte.
Integrante do subcomitê da Bacia Hidrográfica de Jacarepaguá, Verônica Beck disse que o projeto não vai resolver o problema de transporte na região. "A Prefeitura está apresentando o projeto como se fosse a solução. No entanto, se fizer uma proposta sem pensar nos modais, sem pensar como as pessoas irão chegar às estações, não vai ajudar a mobilidade".
Para os questionamentos, o secretário Jorge Arraes apontou que o projeto poderá sofrer alterações e ainda passará, por exemplo, pelo processo de licenciamento ambiental, e sugeriu a criação de um grupo com representantes dos moradores e da sociedade civil.
Fonte: BdF Rio de Janeiro
Edição: Eduardo Miranda