Trabalhadores de toda a América Latina se mobilizarão neste 1º de maio em vários países da região em defesa de direitos e em comemoração ao Dia Internacional do Trabalhador.
As mobilizações têm sido convocadas por sindicatos, que aproveitam a data para reivindicar direitos e, em alguns casos, defender o processo de mudanças empreendido por seus governantes.
Na Argentina, organizações sociais e sindicais se reúnem nesta segunda-feira na capital, Buenos Aires, em defesa dos direitos dos trabalhadores e contra a ingerência do Fundo Monetário Internacional (FMI) no país.
Membros de grupos como o Sindicato dos Trabalhadores da Economia Popular, o Movimento Evita, a Corrente de Classe Combativa (CCC), a Frente Milagro Sala, Barrios de Pie e a Frente Pátria Grande se reunirão na Avenida de Mayo, de onde marcharão em direção à Casa Rosada.
No Brasil, as centrais sindicais realizarão eventos nas principais cidades do país. Na véspera das manifestações, Lula anunciou o aumento do salário mínimo e indicou que enviará um projeto ao Congresso para que ele seja reajustado de acordo com a inflação anual.
Representantes da Central Unitária de Trabalhadores (CUT) convocaram a população a participar do evento na cidade de São Paulo (SP), que contou com a presença do mandatário brasileiro.
O presidente boliviano, Luis Arce, liderará a Grande Marcha na cidade de La Paz, convocada pela Central Operária Boliviana (COB).
Espera-se que Luis Arce faça alguns anúncios em favor da classe trabalhadora, em resposta às demandas da COB. Segundo informações da organização, a mobilização percorrerá as principais ruas e avenidas da capital boliviana.
No Chile, os sindicatos de trabalhadores convocaram seus membros a marchar para exigir uma reforma tributária e previdenciária, contra a precarização do trabalho.
A mobilização partirá da sede da Central Unitária dos Trabalhadores (CUT) para o Centro Gabriela Mistral, onde está agendado o ato principal.
Entre as reivindicações do movimento sindical chileno estão uma melhor redistribuição de renda, aposentadorias dignas, mais empregos e a implementação da Convenção 190 contra violência e assédio no trabalho.
Apesar das reivindicações, os trabalhadores conseguiram conquistas importantes como a redução gradual da jornada de trabalho de 45 para 40 horas em cinco anos e o aumento do salário mínimo.
Sob o lema de "segurança, trabalho e vida", os principais sindicatos de trabalhadores do Equador convocaram mobilizações no país.
A Frente Unitária dos Trabalhadores (FUT) e outras organizações do movimento social cobram a renúncia do presidente Guillermo Lasso por considerar sua gestão ineficiente diante dos problemas que afligem a maioria da população.
O Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), sindicatos e organizações sociais convidaram os trabalhadores a participar de eventos na capital para expressar seu apoio ao presidente Nicolás Maduro.
Os trabalhadores se reunirão em vários pontos da cidade de Caracas a partir das 10h (horário de Caracas) e depois marcharão para a sede do evento central.
No Peru, Paraguai e Uruguai, organizações sindicais e centrais sindicais também convocaram eventos para comemorar o Dia Internacional do Trabalhador. Manifestações e eventos para comemorar esta data também acontecerão em vários países da Europa e da Ásia.