O sentimento nos bastidores do ato do 1º de Maio das centrais sindicais, no Vale do Anhagabaú, em São Paulo (SP), era de alívio. Após quatro anos celebrando a data no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), os sindicalistas voltaram a vivê-la sob gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), um dia após o petista anunciar o aumento real do salário-mínimo e o reajuste para os servidores públicos federais.
"Não é pouca coisa, esse reajuste acima da inflação ficou parado por seis anos. Estamos vendo a retomada e a reconstrução do país no governo Lula", comemorou Sérgio Nobre, presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
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"A eleição do Lula foi o fato político mais importante para classe trabalhadora do mundo. A vitória do Lula significou ter uma liderança mundial, uma defesa do Meio Ambiente, da democracia, dos direitos humanos e dos direitos trabalhadores. A foto que queremos mandar para o mundo é o presidente Lula ao lado do movimento sindical unido, com os partidos políticos e anunciando medidas como a volta do salário-mínimo valorizado. O Brasil voltou", finalizou Nobre.
Para João Paulo Rodrigues, coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), o otimismo vai além dos últimos anúncios de Lula, que beneficiaram a classe trabalhadora.
"Vamos ter a rediscussão da questão trabalhista no país, não podemos viver no regime de uma Reforma Trabalhista feita no golpe. O PT sinaliza com a valorização do salário-mínimo contra a fome e a miséria. Por isso, é um 1º de Maio da esperança", encerrou o líder sem-terra.
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O deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL), de São Paulo, lembrou que o governo de Lula permitirá ampliar o debate para outras esferas, onde os trabalhadores também serão beneficiados.
"Estamos vendo a retomada do Brasil, um governo preocupado com os direitos humanos, com a retomada das políticas ambientais, da reestruturação da ciência, enfim, um Brasil que vai voltando ao seu lugar no mundo", contou Giannazi.
Edição: Thalita Pires