O historiador e editor do Boletim Ponto, Miguel Stédile, avalia que o governo Lula deve aperfeiçoar o "Conselhão" e ampliar as ferramentas de participação popular. Para Stédile, esta retomada, no terceiro mandato, significa grandes avanços em relação aos mandatos anteriores, mas precisa incorporar novos métodos.
"Há uma preocupação do governo em aumentar a participação e ouvir mais os movimentos sociais. Não só através do Conselhão, que tem um sinal um pouco de conciliação. Faz parte de uma política maior. Mas ela é insuficiente se ficar só nisso. É preciso avançar em outras formas de participação, inclusive no orçamento participativo como alternativa ao orçamento secreto na Câmara", explicou, em participação na edição desta terça-feira (2) no Central do Brasil, programa do Brasil de Fato.
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Chamado oficialmente de Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), o "Conselhão" tem a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e terá como membros o vice-presidente Geraldo Alckmin; o ministro da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Alexandre Padilha; e cidadãos brasileiros de "ilibada conduta" e "reconhecida liderança".
"Há uma diferença enorme entre o Lula 3 e os outros dois mandatos em relação à participação popular. Há uma autocrítica silenciosa dentro do PT de que o golpe de 2016 e as dificuldades em vencer a ascensão do Bolsonaro em 2018 vieram desse descolamento entre conquistas sociais e formação política", analisou.
Em sua participação no Central do Brasil, Stédile tratou ainda das ofensivas das Big Techs contra o PL das Fake News e a composição da CPMI dos Atos Golpistas no Congresso. Assista à entrevista completa no vídeo abaixo.
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O Central do Brasil é uma produção do Brasil de Fato. Ele é exibido de segunda a sexta-feira, ao vivo, sempre às 12h30, pela Rede TVT e por emissoras parceiras espalhadas pelo país.
Edição: Felipe Mendes