Sanções à Rússia

Tinder vai deixar de operar na Rússia alegando 'compromisso com direitos humanos'

Condenação de Putin em Haia também foi um dos motivos citados por um dos executivos-chefes para saída do país

Rio de Janeiro |
Aplicativo de namoro Tinder vai parar de funcionar na Rússia a partir de 30 de junho de 2023 - Aamir Qureshi / AFP

A empresa Match Group, dona do aplicativo de relacionamentos Tinder, anunciou nesta terça-feira (2) que interromperá suas atividades na Rússia e deixará o mercado do país até 30 de junho de 2023.

"Temos o compromisso de proteger os direitos humanos. Nossas marcas estão tomando medidas para restringir o acesso a seus serviços na Rússia e concluirão sua saída do mercado russo até 30 de junho de 2023", diz o relatório anual da empresa.

Além do Tinder, a Match Group também é dona de outras plataformas similares como Match.com, Meetic, OkCupid, Hinge, PlentyOfFish, Ship e OurTime. O executivo-chefe da Friends Fiduciary Corp, acionista do Match Group, citado pela agência de notícias Reuters, declarou que a empresa tinha bons motivos para deixar a Rússia. 

"Não é bom para uma marca de confiança continuar operando em um país cujo chefe foi indiciado pelo Tribunal Penal Internacional", afirmou, em referência ao presidente russo, Vladimir Putin.

Em março de 2022, os serviços de namoro Bumble, Badoo e Fruitz já haviam anunciado o fim das operações na Rússia. O grupo corporativo norte-americano Bumble Inc., proprietário dos aplicativos, informou que removeria os serviços da App Store e do Google Play na Rússia e em Belarus. Em abril, o site do Badoo saiu do ar nos dois países.

Após o início da guerra com a Ucrânia, mais de 1.200 organizações reduziram suas atividades na Rússia, sendo que 521 deixaram completamente o país. Grandes empresas de serviços como Spotify, Netflix, Visa, entre outras, aderiram à retaliação de corporações do Ocidente à operação militar do governo Putin no país vizinho e encerraram as atividades no país.

Edição: Felipe Mendes