Em março deste ano, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou um reajuste de 9% aos servidores federais. O reajuste, no entanto, não alcançará os trabalhadores temporários do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), inclusive os que apuram os dados para o Censo.
O sindicato nacional dos trabalhadores do IBGE (ASSIBGE) lançou a campanha "Reajuste Já" para que Supervisores de Coleta e Qualidade (SQCs), Supervisores de Pesquisa (SPs), Analistas Censitários (ACs) e Agentes Censitários Operacionais (ACOs) recebam o reajuste.
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De acordo com o ASSIBGE, 60% dos trabalhadores do IBGE são temporários. Em alguns casos, como os analistas censitários, a remuneração é de R$ 1.397, pouco mais de um salário-mínimo, que hoje é de R$ 1.320.
No dia 31 de março, a Executiva do ASSIBGE enviou um ofício à direção do IBGE pedindo que o reajuste seja estendido à toda categoria, independente do modelo de contratação. Até o momento, não houve resposta.
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"Os servidores efetivos receberam um reajuste emergencial de 9%, foi uma vitória. Mas os temporários seguem sem reajuste nenhum, isso reforça a percepção de que os temporários são tratados pelo governo como cidadãos de segunda classe", afirmou Bruno Mandelli, diretor da Executiva Nacional do ASSIBGE.
Outro lado
O Brasil de Fato procurou o IBGE, mas o órgão não respondeu até o fechamento desta matéria. Caso o faça, o texto será atualizado.
Edição: Thalita Pires