greve na educação

Greve dos professores no DF: comissão do sindicato se reúne com governo nesta quarta (10)

Na quinta (11) categoria realiza assembleia para discutir próximos passos da greve

Brasil de Fato | Brasília (DF) |
A greve dos professores e orientadores educacionais do DF foi iniciada em 4 de maio e recebe apoio do movimento sindical e de parlamentares - Luzo Comunicação

Integrantes da comissão de negociação do Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF) se reunirão com representantes de pastas-chave do GDF nesta quarta-feira (10), às 10h, para reabertura do processo de negociação da greve na educação. O encontro foi articulado por parlamentares da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF).

Na reunião de negociação, estarão presentes o Chefe da Casa Civil, Gustavo Rocha; o secretário de Planejamento, Orçamento e Administração, Ney Ferraz; a secretária de Educação, Hélvia Paranguá; e o secretário-executivo de Finanças, Thiago Rogério Conde.

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“Nossa expectativa é de que cheguemos à reunião com os representantes do GDF e que eles tenham propriedade sobre a nossa proposta. Nós valorizamos o diálogo, sempre optamos pela negociação, mas não abrimos mão de avançar”, disse a dirigente do Sinpro-DF e integrante da Comissão de Negociação Luciana Custódio.

A reunião foi anunciada nesta segunda-feira (8), durante encontro da Comissão de Negociação com o presidente da CLDF, deputado Wellington Luiz (MDB), e parlamentares. Na ocasião, o deputado pediu desculpas pela judicialização da greve. Segundo ele, na semana passada, havia sido firmado um acordo com o governador do DF Ibaneis Rocha (MDB) para que o movimento grevista não fosse judicializado. Entretanto, o acordo foi descumprido pelo executivo.

“Isso é um desrespeito com a Câmara (Legislativa). Fiquei muito decepcionado”, disse o deputado Wellington Luiz.

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Apoio de sindicatos e parlamentares

A greve de professores e orientadores educacionais do DF pelo reajuste salarial e melhores condições de trabalho, iniciada em 4 de maio, vem recebendo apoio do movimento sindical e de parlamentares. Já manifestaram apoio, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), a Central Única dos Trabalhadores (CUT), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Associação dos Docentes da Universidade de Brasília (ADUnB-S.Sind) e sindicatos de base cutistas.

Nesta segunda-feira (8), a Comissão de Educação, Saúde e Cultura (CESC) da CLDF aprovou moção de apoio aos grevistas. “A greve é o último recurso para forçar o governo a negociar. Dizem que fizeram reuniões, mas as reuniões não avançam. Negociar não é só receber a categoria. O governo tem que apresentar propostas concretas para os problemas”, afirmou o presidente da CESC, o deputado distrital Gabriel Magno (PT).

O parlamentar também criticou a judicialização da greve por parte do GDF. “Não deveria ser e não é a Justiça que decide pelo fim da greve de qualquer categoria. Essa decisão é da própria categoria, como está garantido na Constituição Federal”, defendeu.

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Assembleia geral

Na quinta-feira (11), a categoria se reunirá em assembleia geral, às 9h30, no estacionamento da Funarte. Serão discutidos os próximos passos da mobilização e a judicialização do movimento grevista acionada pelo governador Ibaneis Rocha, através da Procuradoria-Geral do DF (PGDF), e aprovada pelo Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT). 

“O desembargador se apoiou na alegação do GDF de que as negociações não estariam concluídas, ignorando o fato de que o Sinpro protocolou sete ofícios solicitando audiência só em 2023, mas não foi recebido pelo governador – o que mostra que não havia negociação em curso”, afirma nota da Diretoria Colegiada do Sinpro-DF, publicada neste domingo (7). 

Segundo a dirigente do Sinpro-DF, Luciana Custódio, desde o início das tratativas para a construção de propostas que atendessem às reivindicações de reajuste salarial e reestruturação da carreira, até a data da deflagração da greve, foram protocolados sete ofícios solicitando reunião com o governador Ibaneis Rocha (MDB), todos sem resposta.

Ainda conforme o Sinpro, todo o calendário de mobilização da greve está mantido.

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Fonte: BdF Distrito Federal

Edição: Flávia Quirino