O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está no Japão para participar da reunião do Grupo dos Sete (G7), formado pelas seis maiores economias ocidentais (Estados Unidos, Canadá, França, Alemanha, Reino Unido e Itália) e pelo Japão.
A pauta do ministro tem três focos principais, segundo sua assessoria: reforçar a relevância do Brasil no cenário internacional, discutir reformas necessárias para a economia e criar laços com os países participantes. É a primeira vez que um ministro da Fazenda brasileiro participa como convidado de uma reunião do G7.
A agenda de Haddad começa nesta quinta (11), quando terá um café da manhã com empresários, em Tóquio, e uma reunião bilateral com a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, na cidade de Niigata, para discutir a reforma do Banco Mundial e outros temas de interesse bilateral.
A reforma do Banco Mundial, organização multilateral voltada para o financiamento de projetos de desenvolvimento, tem o objetivo de permitir uma resposta mais eficaz às necessidades dos países, além de envolver a instituição nas tratativas sobre temas como mudança climática, pandemias e conflitos.
Segundo afirmou Yellen recentemente, a mudança deve permitir à instituição emprestar US$ 50 bilhões a mais, na próxima década, aos países em necessidade.
As sessões oficiais do G7 começam na sexta (12), em Niigata, e Haddad tem presença confirmada em todas. A primeira mesa abordará o futuro do Estado de bem-estar social. A segunda discutirá a macroeconomia dos países emergentes e a terceira focará no desafio do financiamento, sobretudo na área de infraestrutura.
Além de Haddad, estarão presentes representantes de dois países emergentes (Índia e Indonésia), além de outros convidados: Austrália, Comores, Ilhas Cook, República da Coreia e Vietnã.
Durante a viagem, Haddad também terá encontros com o economista estadunidense Joseph Stiglitz, ganhador do prêmio Nobel — sobre política industrial verde — e com os ministros das finanças da Índia, Nirmala Sitharaman, e do Japão, Shunichi Suzuki.
Outro objetivo do ministro brasileiro é defender a importância do G20, do qual o Brasil será o próximo presidente. A organização reúne as maiores, e mais importantes, economias do mundo — 19 países mais um bloco, a União Europeia.
A reunião dos ministros de finanças antecede o encontro dos líderes dos países-membros do G7, marcado para o próximo dia 19, também no Japão, que contará com a presença do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva.
Edição: Patrícia de Matos