A Polícia Federal (PF) cumpre 22 mandados de busca e apreensão na manhã desta quinta-feira (11) contra suspeitos de financiar os atos golpistas de 8 de janeiro, quando bolsonaristas invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília.
As ações, parte da 11ª etapa da Operação Lesa pátria, acontecem em Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná. Não há mandados de prisão sendo executados.
Foi determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) o bloqueio de bens, ativos e valores dos investigados até o limite de R$ 40 milhões para cobertura e ressarcimento dos danos causados ao patrimônio público.
De acordo com a PF, a suspeita é de que os alvos teriam feito doações ou bancado ônibus das caravanas de golpistas de outros estados. Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
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De acordo com apuração do site UOL, um dos alvos é o empresário Adoilto Fernandes Coronel, de Maracaju (MS), que apareceu na lista divulgada pela AGU (Advocacia-Geral da União) como um dos suspeitos de financiar os atos golpistas. Outros alvos seriam empresários, produtores rurais e os chamados CACs (colecionadores de armas, atiradores ou caçadores esportivos). Ainda segundo o site, armas e munições foram apreendidas no Mato Grosso do Sul.
Edição: Nicolau Soares