GUERRA

Ucrânia bombardeia república de Lugansk com mísseis britânicos , diz governo russo

Rússia vê atitude de entregar mísseis à Ucrânia como "extremamente hostil" e prevê "agravação séria" do conflito

Brasil de Fato | Recife (PE) |
Prédio bombardeado em Donetsk durante a guerra - Ihor Tkachov / AFP

O Ministério da Defesa da Rússia denunciou neste sábado (13) um ataque realizado pela Ucrânia na autoproclamada República Popular de Lugansk com mísseis fornecidos pelo Reino Unido.

"Em 12 de maio, por volta das 18h30 [12h30 no horário de Brasília], horário de Moscou, aviões de guerra ucranianos lançaram um ataque com mísseis contra a fábrica de produtos poliméricos Polipak e a fábrica de processamento de carne Milam na cidade de Luhansk", escreveu o governo russo.

"Mísseis Storm Shadow fornecidos pelo Reino Unido ao regime de Kiev foram usados ​​no ataque, apesar das afirmações de Londres de que essas armas não seriam usadas contra alvos civis", acrescentou o texto, que aponta que o ataque deixou "feridos, entre eles seis crianças".

O governo britânico anunciou na quinta-feira (10) o envio de mísseis Storm Shadow para a Ucrânia, tornando-se assim o primeiro entre os países ocidentais a fornecer a Kiev armas de longo alcance. O ministro britânico da Defesa, Ben Wallace, disse na ocasião que o alcance dos modelos Storm Shadow é de até 250 quilômetros.

"A doação destes sistemas de armas oferece à Ucrânia a melhor chance de defesa contra a agressão contínua da Rússia, em particular dos ataques deliberados contra a infraestrutura civil ucraniana, que são contrários ao direito internacional", pontuou o ministro britânico no Parlamento.

A Rússia classificou a entrega de mísseis de longa distância pelo Reino Unido para a Ucrânia como "extremamente hostil" e comunicou, na sexta-feira (12), que Londres busca "uma agravação séria" do conflito. 

Os mísseis foram desenvolvidos pela francesa Matra e pela British Aerospace na década de 1990 e atualmente são produzidos pelo consórcio europeu de fabricação de mísseis MBDA.

*Com informações de Telesur

Edição: Daniel Lamir