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Você sabe como prevenir alergias e desidratação em meio ao clima seco?

Inflamações como dor de garganta, rinite, sinusite, asma e bronquite podem se intensificar no período seco

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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O clima seco também faz com que o suor seja absorvido mais rapidamente pelo ambiente, fazendo com que irritações na pele e outras dermatites possam ser sentidas - Fernando Frazão / Agência Brasil

A chegada do clima mais frio traz também, em muitas regiões do Brasil, a baixa umidade do ar. É aí que muita gente começa a sentir desconfortos no nariz, aparecimento de alergias, coceiras pelo corpo, olhos ardendo, entre outros sintomas que aparecem também a partir dessas condições climáticas. 

De acordo com estudos, o ressecamento das mucosas das vias aéreas favorece a propagação de vírus e bactérias, que sobrevivem melhor nas condições secas. Por isso, gripes e resfriados, além de alergias e inflamações como dor de garganta, rinite, sinusite, asma e bronquite podem se intensificar nesse período.  

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A sensação de estar com os olhos coçando também pode ser um sintoma desencadeado pelos dias mais secos, já que a lubrificação dos olhos fica mais comprometida por conta da baixa umidade do ar. O clima seco também faz com que o suor seja absorvido mais rapidamente pelo ambiente, fazendo com que irritações na pele e outras dermatites possam ser sentidas.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o nível ideal de umidade no ar para que o organismo humano possa viver bem, gira em torno de 60%, podendo ir até 80%. 

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Já as taxas menores do que 30% devem representar estado de alerta, pois aumentam a ocorrência de desidratação, além de problemas respiratórios e cardíacos. Além disso, o ar seco dificulta a dispersão de gases poluentes presentes no ar, agravando a situação. 

É por isso que em momentos em que a umidade do ar está mais baixa o consumo de água deve ser aumentado pelas pessoas, em especial crianças e idosos. Isso porque além de manter todo o corpo hidratado, sobretudo também pele e mucosas, o maior consumo de água torna o sangue menos denso, o que facilita o fluxo cardíaco. 

Além do maior consumo de água, especialistas recomendam o maior consumo de alimentos ricos em água, como frutas, legumes e verduras. Além do fato desses alimentos terem mais água em sua composição, evitar consumir alimentos ultraprocessados que são ricos em sódio, por exemplo, auxilia no processo de hidratação do organismo. 

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Também recomenda-se evitar exposição ao sol, assim como a prática de exercícios físicos ao ar livre entre às 10h e às 16h. Caso a exposição seja imprescindível, especialistas recomendam que a pessoa se proteja sobretudo cobrindo a cabeça e utilizando filtro solar. 

Quanto à higienização dos ambientes, é importante evitar a concentração de poeira e deixar os lugares bem arejados. O uso de ar condicionado também pode ser evitado, já que ele auxilia no processo de ressecamento do ar. 

É importante ressaltar que ao apresentar qualquer sintoma ou desconforto relacionado à sua saúde e bem estar, procure o posto de saúde mais próximo de você e faça uma consulta com um profissional da saúde. 

Edição: Vivian Virissimo