Dois anos depois

Jovem é morto em operação do Batalhão de Choque no Jacarezinho (RJ)

Morte acontece no mesmo mês dos dois anos da operação mais letal da história do Rio, que deixou 28 mortos na favela

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) instaurou inquérito para apurar as circunstâncias da morte de Ruan Campos da Silva - Reprodução

Na noite da última segunda-feira (15), um homem morreu baleado durante um tiroteio no Jacarezinho, na zona Norte do Rio de Janeiro. Um vídeo que circula na internet mostra o momento Ruan Campos da Silva, conhecido como Girino, é levado para a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Manguinhos. 

Em nota enviada à imprensa, a Polícia Militar informou que homens do Batalhão de Choque prenderam um homem e apreenderam uma grande quantidade de drogas na comunidade.

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De acordo com informações da Polícia Civil, divulgadas pelo portal G1, a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) instaurou inquérito para apurar as circunstâncias da morte do rapaz. 

Chacina do Jacarezinho

No último dia 6 de maio completou-se dois anos da operação policial mais letal da história do Rio de Janeiro, que deixou 28 mortos na favela do Jacarezinho.

As investigações do Ministério Público do estado (MP-RJ) chegaram ao fim com a grande maioria dos casos arquivados sob alegação de falta de provas e praticamente sem respostas sobre o que ocorreu na comunidade da zona Norte. 

No ano seguinte à Chacina do Jacarezinho, como ficou conhecido o episódio, o governo do estado implantou no local o Programa Cidade Integrada com a promessa de estabilização do território e implementação de políticas sociais, com investimento de R$ 500 milhões.

De acordo com dados do Observatório do Cidade Integrada e da Rede de Observatórios da Segurança, no Jacarezinho o programa resultou exclusivamente na continuação da histórica violações de direitos humanos e em operações policiais violentas.

Fonte: BdF Rio de Janeiro

Edição: Mariana Pitasse