Em Minas Gerais, o Dia Internacional de Combate à LGBTQIAPN+fobia, comemorado nesta quarta-feira (17), foi marcado por uma série de debates e mobilizações.
A data foi escolhida em referência ao dia em que a Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou a homossexualidade da Classificação Internacional de Doenças (CID), em 1990, e tem o objetivo de alertar a sociedade sobre a violência e descriminação por orientação sexual e de gênero.
“Foi muito importante e mudou a dinâmica do movimento LGBTQIAPN+ em nível internacional, porque passamos a ter oportunidade de debater políticas públicas, no sentido da garantia da cidadania das pessoas”, avalia Thiago Santos, coordenador da Rede AfroLGBT Minas Gerais.
Ações
Em Belo Horizonte, uma audiência pública pauta o tema na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), nesta quarta (17), com a presença de representantes do movimento. A iniciativa é da deputada Bella Gonçalves (PSOL), que também irá protocolar projetos de lei de enfrentamento à LGBTQIAPN+fobia.
Ainda na capital mineira, às 18h, acontece um sarau na Praça da ALMG, com a presença das artistas Piê Poeta, Titia Rafa e Penélope.
Em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, o calçadão da Rua Halfeld recebeu a Tenda da Diversidade, com atividades de conscientização sobre o tema.
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Na segunda-feira (15), a torcida organizada LGBTI+ do Cruzeiro Esporte Clube, Marias de Minas, organizou um seminário de combate à LGBTQIAPN+fobia no futebol mineiro. O evento aconteceu no estádio Mineirão e contou com trocas de ideias e experiências entre os participantes.
Em Mariana, na região Central, começou no dia 11 de maio e encerram nesta quarta as atividades em referência ao enfrentamento da descriminação por orientação sexual e de gênero. Palestras, discussões, apresentações artísticas e exibição de filmes fizeram parte da programação.
Em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, o movimento realiza uma intervenção, às 17h, em frente ao BIG Shopping.
Lutas
Para o Centro de Luta Pela Livre Orientação Sexual de Minas Gerais (Cellos-MG), além de reafirmar que orientação sexual não é doença, o Dia Internacional de Combate à LGBTQIAPN+fobia tem o objetivo de apresentar um calendário de lutas contra a descriminação e o ódio.
“Existir para as pessoas LGBTQIAPN+fobia ainda é um desafio e um ato de resistência. O acesso às políticas públicas como a saúde integral, a educação inclusiva e profissionalizante, que atenda às nossas demandas reais, ainda é infinitamente menor e menos eficaz. A nossa luta é para que não tenhamos que pagar com as nossas vidas as consequências da LGBTQIA+ fobia”, destacou, nas redes sociais.
Fonte: BdF Minas Gerais
Edição: Larissa Costa