O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD-MG), solicitou a manutenção das sondas e outros equipamentos que foram instalados na foz do rio Amazonas, em ofício enviado à Petrobras nesta quinta-feira (18).
Pouco antes, a Petrobras havia divulgado uma nota afirmando que desmontaria toda a estrutura depois que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) negou os pedidos para a realização de estudos no local para a possível extração de petróleo na região.
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"Solicito avaliar a possibilidade, dentro da mais estrita legalidade, observância das regras de governança e interesse da companhia, de manutenção da sonda e dos recursos destinados à realização do poço mobilizados, por tempo adicional que possibilite o avanço das discussões com o Ibama para o licenciamento desta importante atividade no âmbito da política de exploração e produção de petróleo e gás natural do país", diz o ofício enviado pelo ministro.
De acordo com o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, a autorização para os estudos foi negada porque as informações prestadas não foram suficientes para garantir a viabilidade sustentável do empreendimento.
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Diante da negativa, o senador Davi Alcolumbre (União-AP) afirmou que irá “até o fim” para reverter a decisão, conforme apuração da Folha de S. Paulo. O congressista, que lidera a bancada do Amapá no Senado, pretende acionar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Alcolumbre conta com o apoio da deputada bolsonarista Silvia Waiãpi (PL) e do líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues, que deixou o partido Rede Sustentabilidade após a decisão do Ibama. Em seu perfil no Twitter, Rodrigues afirmou que “a decisão do Ibama contrária a pesquisas na costa do Amapá não ouviu o governo local e nenhum cidadão do meu estado. O povo amapaense quer ter o direito de ser escutado sobre a possível existência e eventual destino de nossas riquezas”.
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Edição: Vivian Virissimo