No sábado (20), o Bloco Afropretinhosidade deu um importante passo rumo à sua consolidação como referência da cultura negra na cidade. Durante a Assembleia Geral realizada nessa data, foram aprovados o estatuto e eleita a nova gestão diretora da Associação.
Com cinco anos de existência, o Bloco Afropretinhosidade nasceu de uma resposta à abordagem violenta da Polícia Militar contra um grupo de foliões negros durante o carnaval de rua. Desde então, o bloco tem sido um espaço de lazer e cultura negra em Curitiba, valorizando a ancestralidade e a contribuição dos mais velhos para a cultura afro-brasileira.
Destaque-se a importância da feira "É coisa de preto", promovida pelo bloco, que impulsiona o empreendedorismo negro na região. Além disso, a música tema do carnaval de 2023 foi dedicada a Iyagunã Dalzira Maria Aparecida, uma Iyalorixá e doutora de 81 anos pela UFPR.
A formalização do Bloco Afropretinhosidade visa solidificá-lo como uma referência da cultura negra no carnaval de Curitiba, além de promover espaços culturais e o cumprimento da lei 10.639/2003, que estabelece a obrigatoriedade do ensino da História e cultura afro-brasileira nas escolas.
Um aspecto significativo do estatuto da Associação é a criação do Conselho de Griôs, composto por anciãos e anciãs, aconselham e compartilham seus conhecimentos ancestrais sempre que necessário. Esse conselho representa a consolidação das raízes culturais negras nessa luta histórica de resistência encabeçada pelo Bloco Afropretinhosidade.
Com a aprovação do estatuto e a eleição da nova gestão diretora, o Bloco Afropretinhosidade reforça seu compromisso em promover a melhoria e a integralidade da população negra em todos os espaços, consolidando-se como um protagonista na valorização e disseminação da cultura afro-brasileira em Curitiba.
Revisão: Pedro Carrano