O Ministério do Comercio da China classificou nesta terça-feira (23) a decisão do Japão de exigir uma licença para a exportação de 23 equipamentos da indústria japonesa de semicondutores como um "afastamento" do comércio internacional.
A medida "prejudica gravemente os interesses das empresas chinesas e japonesas e a cooperação econômica e comercial entre os dois países, interrompe o cenário global da indústria de semicondutores e impacta a segurança e a estabilidade da cadeia de suprimentos", diz o Ministério do Comercio da China de acordo com o South China Morning Post.
Para impedir o desenvolvimento tecnológico chinês, os Estados Unidos também limitam a venda de semicondutores para a China e fazem pressão para que seus aliados façam o mesmo, como a Holanda e o Japão. Ambos os países aderiram à iniciativa, que é questionado pelos chineses na Organização Mundial do Comércio (OMC).
Os semicondutores são os chips que movem celulares e computadores e que são necessários para cada vez mais aplicações, desde carros até drones de guerra. O setor recebe subsídios e investimentos públicos bilionários por sua importância na geopolítica mundial.
Ainda no campo dos semicondutores, a China anunciou uma medida que pode ser uma retaliação às sanções dos EUA: a empresa estadunidense Micron foi proibida de vender seus produtos em território chinês por "riscos de cibersegurança".
Edição: Rodrigo Durão Coelho