Professores do Distrito Federal, que estavam em greve desde o último dia 4, votaram em assembleia geral na manhã desta quinta-feira (25) por encerrar a greve. A decisão veio após apresentação de proposta do Governo do Distrito Federal em reunião com a comissão de negociação nesta quarta (24).
Um dos motivos que a categoria justificou para a greve é que de acordo com ranking da média do vencimento básico inicial das 39 carreiras de servidores públicos do DF, que demandam Ensino Superior, a carreira do magistério público, composta por professores e pedagogos, ocupa a 36º posição, enquanto assistência à educação ocupa o 38º lugar.
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Além dos salários congelados há oito anos, professores enfrentam também turmas superlotadas, desmonte da EJA (Educação de Jovens e Adultos) e do ensino especial, atrasos no repasse do Programa de Descentralização Financeira e Orçamentária (PDAF) e comprometimento das atividades pedagógicas por falta de estrutura e de pessoal.
Dentre a proposta apresentada pelo GDF se destacam os seguintes pontos:
- Incorporação das gratificações de atividades Pedagógica (Gaped) e de Suporte Educacional (Gase) em 6 parcelas de 5%, sendo a primeira paga em outubro de 2023 até o primeiro semestre de 2026;
- Negociação dos dias parados sem corte de ponto;
- Apresentação de PL para previsão de intervalo de 15 minutos para descanso e/ou refeição, em período coincidente ao intervalo dos estudantes;
- Preparação de novo concurso público em 2023 para cargos da carreira de magistério público do Distrito Federal;
- Nomeação dos candidatos aprovados no concurso público regido pelo Edital normativo nº 31/2022, para os cargos de professor de educação básica e pedagogo;
- Continuidade da mesa de negociação.
Por decisão da maioria em votação na Assembleia Geral, a greve se encerra e as aulas da rede pública retornam normalmente nesta sexta-feira (26).
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“Nossos piquetes, atos, panfletaços, manifestações, entre outras ações, fizeram o governo recuar e rever sua posição, apresentando propostas que, mesmo que parcialmente, dialogam com nossas reivindicações. A suspensão da greve não é o fim da luta. Vamos continuar em permanente mobilização, juntos, para irmos além, fazendo com que o GDF trate o magistério público com o respeito que merece”, afirmou o Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF) em rede social.
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Fonte: BdF Distrito Federal
Edição: Flávia Quirino