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Sakamoto: Bolsonaro tentou comprar votos de pobres queimando grana dos trabalhadores

Explorar o desespero dos mais pobres precisa ser punido não só com inegibilidade, mas confisco de patrimônio

29.maio.2023 às 12h52
Leonardo Sakamoto

Eu tinha só um terno preto, com um único bolso não furado, onde eu guardava tudo o que precisava carregar: dinheiro e documentos - Unsplash

Para comprar votos de eleitores pobres para a sua reeleição, Jair Bolsonaro queimou dinheiro que pertencia aos trabalhadores assalariados do país. Como isso não funcionou e ele não se reelegeu, deixou mais uma herança maldita para Lula resolver.

Um programa de microcrédito para pessoas negativadas da Caixa foi feito às pressas para atrair voto da parcela vulnerável da população, liberando R$ 3 bilhões. De acordo com investigação de Amanda Rossi, no UOL, publicada nesta segunda (29), ele conta com 80% de calote.

Pelas regras estabelecidas por Pedro Guimarães, que atuava como presidente do banco quando não estava assediando sexualmente e moralmente as suas funcionárias, o buraco seria coberto pelos ganhos de aplicação do FGTS. Ou seja, grana que pertence aos trabalhadores com carteira assinada.

Jair foi um Robin Hood às avessas: tirou dos assalariados para dar aos pobres.

Vale lembrar que uma das mais antigas críticas da população sobre o fundo é que o seu rendimento é baixo – 3% ao ano mais a Taxa Referencial, que rende próximo de zero. Tanto que há um pedido no STF para que ela seja substituída por um índice de inflação para evitar que os trabalhadores percam dinheiro.

Ou seja, ao invés de entregar aos assalariados um retorno justo para o dinheiro do fundo, o governo Bolsonaro pegou a aplicação para comprar votos em um projeto de caráter eleitoreiro e com uma estrutura que qualquer semovente saberia que daria chabu. Não pelo microcrédito, uma ideia genial que muda a vida de milhões ao redor do mundo. Mas, basicamente, ele distribuiu dinheiro e deixou a conta a ser paga pela força de trabalho brasileira.

Isso sem contar os R$ 7,6 bilhões liberados em empréstimo consignado do Auxílio Brasil. Em fevereiro deste ano, a Caixa enterrou de vez esse programa de agiotagem de pobres e miseráveis, ação eleitoreira instituída por Bolsonaro, ao decidir que não concederia novos contratos de crédito consignado a beneficiários.

Há, contudo, uma bomba armada, pois os empréstimos já feitos terão que ser quitados e podem explodir no colo dos 2,9 milhões que tiveram acesso aos recursos, seja ao reduzir o dinheiro disponível para a compra de comida, seja pelos escorchantes juros anuais, que passam de 50%.

O banco foi responsável por boa parte do valor de empréstimo do Auxílio durante o período eleitoral do ano passado. Segundo reportagem anterior de Amanda Rossi, 99% do consignado foi liberado entre os dois turnos da eleição. Transformou-se, assim, em banca de compra de votos de brasileiros que, no desespero, toparam a proposta de Bolsonaro: trocar o mínimo para a comida por recursos para quitar dívidas.

Depois da eleição, o empréstimo foi suspenso porque não era mais preciso comprar voto.

Quando foi liberado, o Auxílio estava em R$ 600 e mesmo assim era insuficiente para comprar uma cesta básica em 15 das 17 capitais pesquisadas mensalmente pelo Dieese. A parcela máxima para o pagamento da dívida dos contratos daquela época era de R$ 160. Ou seja, naquele momento, sobrariam R$ 440 para a família comer.

Os bilhões já emprestados são uma bomba-relógio social que pode explodir. O que farão famílias quando perceberem que vão ter que comprar menos comida do que o planejado porque as parcelas do empréstimo estão sendo descontadas automaticamente do benefício? Pois nada muda no que já está contratado.

Caso o beneficiário perca o direito a receber o Auxílio Brasil por algum motivo, o ex-beneficiário continua com a dívida. E se não tiver como pagar? Daí, a Caixa vai ter que assumir o calote novamente.

Explorar o desespero do naco mais pobre e endividado da população, demanda uma falta crônica de empatia por parte de quem formula, executa e lucra com a ideia. Bolsonaro e Guimarães precisam ser responsabilizados por isso. Mas não apenas com a inelegibilidade, eles têm que pagar literalmente com uma condenação que inclua o confisco de patrimônio.

O valor nunca chegará ao prejuízo que causaram aos trabalhadores e ao país, mas já será didático para que esse tipo de sacanagem não volte a acontecer.

 

*Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.

 
 

Artigo original publicado em UOL.

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