A democracia brasileira terá de se aprimorar muito para que um dia cessem os dois pesos e duas medidas aplicados a ricos e pobres, para ter democracia econômica, não só formal.
Após as eleições presidenciais, no início do movimento golpista que levaria à tentativa de golpe de 8 de janeiro, policiais rodoviários e PMs tratavam com carinho e quase pediam desculpas por incomodar bolsonaristas que bloqueavam estradas com suas camisas amarelas.
Na manhã do dia 30 (terça), indígenas que protestavam numa rodovia de São Paulo contra o Marco Temporal foram retirados com batalhão de choque e violência. Como acontece em desocupações e outras medidas contra o povo pobre e trabalhador. A medida aprovada pela Câmara praticamente inviabiliza a demarcação de terras aos povos originários.
Curitiba é outro caso é exemplar.
Os vereadores que apoiam Rafael Greca aprovaram projeto da Prefeitura de trocar um terreno em área nobre da capital, invadido por uma construtora, por dois outros terrenos em bairros distantes. Além de não mandar a polícia derrubar o que foi construído ilegalmente em área de proteção ambiental, Greca ainda deu desconto para a construtora de mais de R$ 5 milhões na “permuta”. Quem ganhou com isso? Prefeito, vereadores? Não foi a cidade, nem seus moradores.