NÃO AOS AGROTÓXICOS

Jovens do MST e Levante Popular da Juventude fazem escracho em frente a BASF em Sapucaia (RS)

Ação realizada no início da manhã desta segunda (12) denunciou a produção de veneno e o trabalho análogo à escravidão

Brasil de Fato | Porto Alegre (RS) |
Cerca de 40 jovens do campo e da cidade escracharam a BASF, empresa química que produz veneno e foi condenada por trabalho análogo à escravo - Foto: Victor A. Frainer

O início da manhã desta segunda-feira (12) foi marcada por uma ação da juventude do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e do Levante Popular da Juventude do Rio Grande do Sul em frente à sede da BASF, em Sapucaia do Sul, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Cerca de 40 jovens do campo e da cidade escracharam a BASF, empresa química que produz agrotóxicos e foi condenada por trabalho análogo à escravo.

Enquanto entoavam "Escraviza adoece e mata, a nossa vida e a natureza" a juventude denunciou o veneno nos pratos da população. A ação faz parte da 14ª Jornada Nacional da Juventude Sem Terra que traz o lema “Combater o agro, garimpo e a mineração. Rompendo cercas alimenta a nação!”.

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Segundo os organizadores, a empresa utiliza pelo menos 13 ingredientes ativos banidos em toda União Europeia para a produção de seus agrotóxicos / Foto: Victor A. Frainer

Em nota pública, afirmam que a multinacional foi condenada por trabalho análogo à escravidão em Uruguaiana e que produz venenos proibidos em diversos países.

“A empresa utiliza de pelo menos 13 ingredientes ativos banidos em toda União Europeia para a produção de seus agrotóxicos. Essas substâncias têm relação comprovada com o desenvolvimento de câncer e outras doenças, além de sujeitar os trabalhadores à intoxicação", acrescentam.

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"No último período o Brasil liberou mais de 5.000 agrotóxicos. No Rio Grande do Sul, a BASF esteve diretamente envolvida no recrutamento dos 85 trabalhadores em situação análoga à escravidão resgatados em março deste ano em Uruguaiana. Um fato importante é que entre os resgatados foram 11 adolescentes de 14 a 18 anos”, pontuam

Segundo os organizadores, as atividades seguem até o meio-dia na Vila Barracão, no bairro Santa Teresa, em Porto Alegre, onde será realizado um almoço com produtos da reforma agrária, sem veneno, para a comunidade.

Também será realizada uma roda de conversa sobre a ação de hoje na BASF, a pulverização aérea do veneno que sofrem as famílias, como acontece no assentamento em Nova Santa Rita (RS) e a necessidade de uma alimentação sem agrotóxicos. Além disso, haverá plantio de árvores na praça e o Levante da Juventude vai anunciar o seu Cursinho Popular Guilherme Soares que começa nesta segunda-feira (12).

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No Rio Grande do Sul, a BASF esteve diretamente envolvida no recrutamento dos 85 trabalhadores em situação análoga à escravidão resgatados em março deste ano em Uruguaiana / Foto: Victor A. Frainer

 


Fonte: BdF Rio Grande do Sul

Edição: Katia Marko