4 a 1 contra Guiné

Brasil vence com gol de Vini Jr. em dia de protesto contra o racismo; assessor faz denúncia

Atleta que sofreu ataques racistas marcou o último gol da partida; Brasil usou uniforme preto no primeiro tempo

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Joelinton comemora o segundo gol da seleção contra Guiné. Vini Jr. (de costas, com a camisa 10) fechou o placar em Barcelona - Joilson Marconne/CBF

A seleção brasileira não teve muita dificuldade para derrotar Guiné por 4 a 1, no sábado (17), no estádio Cornellà-El Prat, em Barcelona. Os olhares estavam mais voltados para o uniforme de cor preta usado pelo time, em protesto contra o racismo. Isso não impediu, no entanto, que uma denúncia acontecesse em pleno estádio, antes do jogo.

Felipe Silveira, amigo e assessor de Vini Jr., afirmou ter sido abordado por um segurança do estádio, que teria mostrado a ele uma banana. Houve confusão, e a polícia foi chamada. O jogador, que hoje usou a camisa 10, foi vítima de ataques racistas no campeonato espanhol – ele atua pelo Real Madri. O uniforme trazia ainda a frase “Com racismo não tem jogo”, também exposta nos painéis em volta do campo. Antes de a partida começar, os atletas se ajoelharam. “Eu quero seguir com isso por todos aqueles jovens, por todas aquelas pessoas que sofrem, que não têm a voz que eu tenho”, disse Vini Jr. durante a semana.

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Dentro de campo, a seleção venceu com gols de Joelinton, Rodrigo, Éder Militão e do próprio Vini Jr., cobrando pênalti já quase no final da partida. Guirassy descontou para a equipe africana. Foi a primeira vitória brasileira depois da Copa do Catar. Dos 23 convocados pelo interino Ramon Menezes, 14 estiveram no torneio, disputado no final de 2022. 

No primeiro tempo, a seleção jogou inteiramente de preto, usando esse uniforme pela primeira vez na história. Já na etapa final, o time brasileiro voltou a usar a tradicional camisa amarela e calções azuis.

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Agora, na próxima terça-feira (20), às 16h, a seleção faz outro amistoso contra uma equipe africana. Desta vez, o adversário será Senegal, no estádio José Alvalade, em Lisboa. Enquanto isso, seguem as especulações sobre quem será o novo treinador. Nesse sentido, três nomes surgem com mais força: o italiano Carlo Ancelotti, o português Abel Ferreira (técnico do Palmeiras) e o brasileiro Dorival Júnior (do São Paulo).