Guerra

Colômbia acusa Rússia de violar protocolos de guerra após ataque ferir 3 colombianos na Ucrânia

Moscou nega que tenha atingido alvos civis; é a primeira vez que Petro faz críticas à participação russa na guerra

Caracas (Venezuela) |
'Rússia atacou três civis colombianos indefesos', disse o presidente - Juan Barreto/AFP

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, criticou nesta quarta-feira (28) a Rússia e acusou o país de "violar protocolos de guerra" após um ataque contra o território ucraniano deixar três cidadãos colombianos feridos.

Segundo Bogotá, o escritor Héctor Abad Faciolince, o Alto Comissário para paz durante o governo de Juan Manuel Santos, Sergio Jaramillo, que participou do processo que levou ao acordo com a ex-guerrilha Farc, e a jornalista Catalina Gómez foram atingidos durante um ataque russo contra a cidade de Kramatorsk, a aproximadamente 600 km da capital Kiev.

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"A Rússia atacou três civis colombianos indefesos, portanto viola protocolos de guerra. [...] Esperamos o retorno de Sergio, Hécor e Catalina, sãos e salvos", escreveu Petro pelo Twtitter.

Em nota, a Chancelaria colombiana manifestou "condenação enérgica ao ataque inaceitável por parte de forças russas contra um alvo civil em Kramatorsk" e prometeu seguir "trabalhando para oferecer o apoio necessário".

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Essa é a primeira vez que Petro faz críticas mais diretas à participação russa na guerra. Assim como outros líderes sul-americanos, o presidente colombiano aposta em um plano de paz para reconciliar as partes envolvidas no conflito. A Colômbia, no entanto, é o único país da América do Sul que ocupa o posto de "parceiro global" da Otan desde 2018.

Dois mísseis

Segundo autoridades ucranianas, a cidade foi atacada por dois mísseis nesta terça-feira (27). O primeiro teria impactado uma zona residencial e ou segundo, um restaurante no qual estariam os três cidadãos da Colômbia.

Ainda de acordo com comunicados ucranianos, 11 pessoas teriam morrido nos ataques e mais de 60 ficaram feridas.

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Moscou, por sua vez, respondeu através do porta-voz do governo russo, Dmitry Peskov, que afirmou que o país "não realiza ataques contra infraestrutura civil". "Os ataques ocorrem contra instalações relacionadas de alguma maneira com a infraestrutura militar", afirmou.

Já nesta quinta-feira (28), o Ministério da Defesa da Rússia confirmou o ataque a Kramatorsk e disse que a operação deixou dois generais mortos, bem como 50 soldados ucranianos e 20 mercenários de outros países.

Edição: Thales Schmidt