Nesta semana, importante derrota pode ser imposta ao bolsonarismo.
No dia 27 de junho, o ministro Benedito Gonçalves, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), votou para que Bolsonaro seja considerado inelegível por oito anos. O caso julga se o ex-presidente cometeu crimes eleitorais durante reunião com embaixadores, em 2022, quando questionou a lisura do sistema eleitoral brasileiro e alegou fraude nas eleições.
Para o ministro, relator do caso, essas ações são parte do projeto golpista de Bolsonaro. São grave ataque à democracia. O julgamento está em andamento e será retomado hoje (29), sendo necessário que 3 dos 7 ministros votem pela condenação.
A inelegibilidade é um passo fundamental, mas insuficiente. Os crimes de Bolsonaro ultrapassam os ataques ao sistema eleitoral e contra a democracia. Ele é responsável por inflamar o neofascismo, que segue presente na sociedade brasileira. Seu governo causou também piora nas condições de vida do povo, retirada de investimentos na economia, privatizações, e enfraquecimento dos serviços públicos.
De forma geral, punir os crimes do neofascismo passa pela desmilitarização nos vários setores do governo, como ministérios e tribunais; pela apuração dos crimes contra a humanidade, pela retomada do espaço de autonomia universitária e desmilitarização das escolas, entre outras medidas.
Que nossa memória siga viva e a punição venha contra crimes que vitimaram tantos brasileiros e brasileiras.