CENTRAL DO BRASIL

Para pesquisadora, bolsonarismo tende a se reconfigurar com Bolsonaro inelegível

Aliados e até a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro podem herdar capital político do ex-presidente

Brasil de Fato | Recife (PE) |
Apesar do forte personalismo do ex-presidente, o bolsonarismo tende a ganhar uma nova característica com ele saindo da disputa - Chandan Khanna / AFP

Três ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) votaram a favor da inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na sessão desta quinta-feira (29). Dessa forma, o cenário especulado pelos analistas vai se confirmando: Bolsonaro pode ficar fora do jogo político até 2030. O julgamento foi suspenso e retorna nesta sexta-feira (30), às 12h.

Com isso, surge o questionamento: como ficará o bolsonarismo sem Bolsonaro habilitado para participar do processo eleitoral? A cientista política Camila Rocha participou, ao vivo, do Central do Brasil desta quinta-feira (29) para analisar os caminhos possíveis das forças da direita e extrema-direita nas disputas eleitorais.

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Na avaliação de Camila, apesar do forte personalismo do ex-presidente, o bolsonarismo tende a ganhar uma nova característica com ele assumindo o papel de cabo eleitoral.

"Pelas pesquisas que a gente vem fazendo, a tendência é o bolsonarismo se reconfigurar. Já existem movimentações nesse sentido de lançar outros nomes bolsonaristas, nomes para as eleições em 2024, mas também para as eleições de 2026. Bolsonaro atuaria como cabo eleitoral. Os nomes mais cotados são Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, o nome mais forte; Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais; e, correndo por fora, está a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que encabeça o PL Mulher". analisou.

Sobre a performance da ex-primeira-dama, Camila avalia que ela tem potencial e que utiliza a máquina partidária para se consolidar como alternativa ao próprio marido no cenário eleitoral. Mas, em razão de uma provável inexperiência política, pode ficar de fora da disputa ou figurar numa candidatura menos expressiva.

"Ainda tem muitos balões de ensaio. A Michelle Bolsonaro não tem experiência na politica, mas ela desempenha bem nas redes e é muito carismática. Ela tem boa verba do partido. O que me parece mais sólido é ser vice numa chapa com o Tarcísio", concluiu.

A entrevista completa você acompanha no Central do Brasil desta quinta-feira.

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E tem mais!

Uma forcinha nas redes

O Ministério da Justiça suspendeu temporariamente os perfis regionais da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Instagram. Isso porque o perfil da corporação em Sergipe publicou uma campanha de arrecadação para beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro. Em nota, a PRF alegou que foi alvo de ataque hacker.

Cultura popular

Marina Rara, editora de conteúdo do Bem Viver, fala ao vivo sobre a centésima festa de São Pedro, em Ubatuba, no litoral de São Paulo. O evento é uma grande celebração do povo, da pesca e da cultura caiçara.

O programa Central do Brasil é uma produção do Brasil de Fato. O programa é exibido de segunda a sexta-feira, ao vivo, sempre às 13h, pela Rede TVT e emissoras parceiras.

Edição: Nicolau Soares