Em um país de dimensões continentais e tão diverso, o acesso às políticas públicas ainda é um grande desafio. Na saúde, em que as necessidades da população exigem diversos recursos, como hospitais e acesso a exames de alta tecnologia, esse desafio se torna ainda maior.
Entre os seus 5570 municípios, o Brasil possui 3.363 municípios predominantemente rurais, onde vivem mais de 32 milhões de pessoas, sendo 323 municípios que são classificados como rurais remotos e onde vivem mais de 3,5 milhões de brasileiros.
Concentrados nas regiões norte, nordeste e centro oeste do Brasil, estes municípios se caracterizam por baixa densidade populacional, grandes extensões territoriais e distância de grandes centros urbanos. Garantir acesso a saúde de qualidade à população dessas regiões é um feito extraordinário e, ao mesmo tempo, extremamente complexo do nosso Sistema Único de Saúde.
Confira o episódio completo:
“A atenção à saúde em municípios rurais remotos é um tema prioritário no Brasil, ainda mais agora que temos a possibilidade de rediscutir as políticas nacionais de saúde e os municípios rurais merecem uma atenção especial”, explica Patty Fidelis de Almeida, professora e pesquisadora do Instituto de Saúde Coletiva, da Universidade Federal Fluminense (UFF) e da Universidade Federal da Bahia (UFBA), em conversa no podcast Medicina em Debate.
Participaram deste episódio Patty Fidelis de Almeida, pesquisadora da UFF, do Instituto de Saúde Coletiva da UFBA e da pesquisa APS em municípios rurais remotos; Cláudia Gontijo, ex-secretária municipal de saúde e coordenadora de vigilância em saúde do município de Lassance-MG; e Fernanda Cardoso, ex-gestora de Rurópolis-PA e professora da Universidade do Estado do Pará (UEPA), além de Marco Túlio Pereira e Rodrigo Alves Rodrigues, pelo podcast Medicina em Debate.
Edição: Rodrigo Gomes