O Palácio do Planalto informou nesta quarta-feira (05/07) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva representará o Brasil na Cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) e da União Europeia (UE), programada para os dias 17 e 18 de julho, na cidade de Bruxelas, capital da Bélgica e do bloco europeu.
Até então, a decisão do governo brasileiro era a de enviar o vice-presidente Geraldo Alckmin para esse evento, enquanto Lula faria uma série de viagens pelo Brasil durante todo este mês.
A mudança de postura aconteceu nesta quarta-feira, após o mandatário brasileiro receber uma ligação do presidente espanhol Pedro Sánchez, que também ocupa a presidência pro tempore do Conselho da União Europeia, principal organismo do bloco, que reúne os chefes de Estado dos 27 países membros.
Na conversa, Sánchez convidou Lula para participar da cúpula em Bruxelas e enfatizou a importância de que fosse ele o representante do Brasil e do Mercosul no evento, já que assumiu nesta terça-feira (04/07) a presidência pro tempore do mercado comum dos países sul-americanos.
Segundo a Agência Brasil, outro argumento utilizado pelo presidente espanhol foi o fato de que a cúpula não ocorre desde 2015 e que esta seria uma oportunidade de retomar esse espaço de integração multilateral.
Sánchez convidou Lula para fazer um dos discursos de abertura do Fórum Empresarial da Cúpula, no qual também devem falar o próprio mandatário espanhol e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
No fórum, deverão ser anunciados novos investimentos europeus na América Latina e também serão discutidos temas relacionados ao multirateralismo e a conflitos internacionais.
A participação de Lula no evento ocorre em um momento em que o acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia se encontra travado devido a exigências feitas por alguns países europeus, as quais têm sido alvos de críticas dos governos sul-americanos, incluindo o brasileiro.
Em sua declaração durante a cúpula dos chefes de Estado do Mercosul, nesta terça-feira (04), Lula disse que “precisamos de uma decisão que inclua políticas nas quais ambos os lados terminem ganhando. Não queremos uma política na qual eles (europeus) ganham e nós (sul-americanos) perdemos”.
Com informações da Agência Brasil.
