Enquanto os principais líderes mundiais discutem possibilidades para um processo de transição energética que diminua o uso dos combustíveis fósseis, o governador do Paraná, Ratinho Jr e seus diretores na Copel, pensam na contramão desse processo.
As grandes companhias, bem como os Estados, apontam a construção de superempresas de energia, centralizando diversas fontes e matrizes em uma única empresa. Esta é a estratégia mais eficiente, estável e sustentável deste período, inclusive no aspecto da transição energética, quando fontes como eólica e solar ganham espaço. Além disso, há que se pensar no aspecto da soberania, dados os conflitos recorrentes no plano global e que impactam o cenário internacional e também o doméstico.
A França, no ano de 2022 anunciou a reestatização da companhia Eletricité de France (EDF), assim como outros países e mesmo cidades importantes, mundo afora, tem praticado o caminho do controle público de serviços essenciais.
De forma equivocada, Ratinho e a diretoria da Copel aceleram o processo de venda, entregando ao livre mercado o controle da empresa. Ocorre que no caso da eletricidade o livre mercado não é livre, pois é uma concessão pública e o povo do Paraná continuará comprando energia da própria Copel.
Além disso, a mediocridade dessa política ganha ainda mais notoriedade pela oportunidade que desperdiçam de colocar o estado do Paraná na vanguarda de um processo inovador, inclusivo e sustentável. Em lugar de projetarmos os próximos 50 anos e construirmos um caminho inovador, com a Copel se tornando uma grande empresa pública de energia, Ratinho e Slaviero, diretor da Copel, preferem retroceder, voltando 40 anos na história e apontando a obsoleta privatização como saída e jogando fora uma grande oportunidade histórica.