A Polícia Federal já identificou os três brasileiros acusados de agredir o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes e sua família, na tarde do último sábado (15), no Aeroporto Internacional de Roma, na Itália.
Segundo apuração do portal g1, os acusados são Roberto Mantovani Filho, que foi candidato à prefeitura de Santa Bárbara do Oeste, cidade do interior de São Paulo, pelo PL - mesmo partido do ex-presidente Jair Bolsonaro - sua mulher, Andreia Mantovani e o genro do casal, Alex Zanatta Bignotto.
Mantovani Filho é empresário e concorreu às eleições em 2004, mas saiu derrotado do pleito.
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O ministro e sua família regressavam ao Brasil após uma palestra ministrada por Moraes na Universidade de Siena e não contavam com escolta policial. As agressões teriam iniciado após xingamentos de Andreia Mantovani, que chamou o ministro de "bandido e comunista".
Informações também apontam que Roberto Mantovani agrediu fisicamente o filho de Moraes, com um golpe no rosto. A identificação dos acusados foi feita por reconhecimento facial, na chegada do voo, no aeroporto internacional de Guarulhos, em São Paulo.
As investigações serão conduzidas pela Polícia Federal, que deverá solicitar as imagens do Aeroporto de Roma, por meio de acordos de cooperação internacional. ]
Depoimento
Alex Zanatta Bignotto, um dos acusados da agressão ao ministro e sua família, foi ouvido na Delegacia da Polícia Federal de Piracicaba (SP) na manhã deste domingo (16).
O advogado Ralph Tórtima Stettinger Filho, que representará os três acusados, disse que Zanatta nega as acusações. "Ele, em absoluto, fez qualquer ofensa ao ministro, mas nós estaremos esclarecendo isso nos autos e tudo será muito bem esclarecido no curso das investigações", explicou.
Os outros dois acusados alegaram compromissos neste domingo e prestarão depoimento na terça-feira (18).
Edição: Patrícia de Matos