De 21 a 23 de julho acontece no Clube Riocontense, em Rio de Contas (BA), na Chapada Diamantina, o VII Encontro Internacional de Mulheres Negras Urbanas e Quilombolas (EIMNUQ), com o tema: “Mulheres Negras Urbanas e Quilombolas articulando o fortalecimento político”. Estão sendo esperadas 150 mulheres, além da participação virtual de mulheres de Cabo Verde, Angola e França.
A educadora e coordenadora do encontro Lígia Margarida Gomes destaca que essa é uma oportunidade de formação política para as mulheres negras, no atual cenário de desafios. “Reunir 150 mulheres negras urbanas e quilombolas no atual contexto, significa dar concretude à vontade que temos de superar coletivamente as dificuldades impostas pelo sistema social e político que insiste em nos excluir”, afirmou.
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O objetivo dessa sétima edição é promover diálogos, discussões, rodas de conversas, palestras e propostas de ação para dar visibilidades às demandas sociais e políticas das mulheres negras, estimulando a incidência política delas nos espaços de poder e decisão, na busca por uma reparação histórica para a população negra, justiça e democracia inclusiva.
Para as organizadoras, a luta das mulheres negras urbanas e quilombolas perpassa as referências históricas, constituída por uma trajetória de enfrentamento e contraposição aos espaços de invisibilidade e opressão, num cenário de desigualdades de gênero e raça.
Nesta edição, aconteceram sete pré-encontros, de maio até o início de julho, em territórios urbanos e quilombolas dos municípios de Salvador, Rui Barbosa e Mirangaba. Esses eventos foram realizados para agregar e envolver as mulheres no processo de construção da programação e ampliar a representatividade. Nas atividades programadas, o foco é o enfrentamento ao racismo que estrutura a sociedade, na busca de uma maior incidência das mulheres negras urbanas e quilombolas na política partidária com o intuito de propor políticas públicas transformadoras.
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Dentre as palestrantes estão a socióloga e ativista Vilma Reis; a pesquisadora e militante Janete Suzart; a jornalista e bailarina Christiane Gomes; e a líder quilombola e técnica em Enfermagem Cleonice Santos. A secretária estadual de Promoção da Igualdade Racial, Ângela Guimarães, também confirmou presença.
A Fundação Rosa Luxemburgo apoia o evento, que conta com a parceria do Centro Cultural Casa de Angola (CEPAFRO), Igreja Rosário dos Pretos e, diversas comunidades quilombolas, com coordenação da Sociedade Protetora dos Desvalidos (SPD), em conjunto com a Rota dos Quilombos e o Instituto Renascer Mulher.
Fonte: BdF Bahia
Edição: Gabriela Amorim