O PSOL entrou com mais de uma representação no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados solicitando a cassação dos mandatos dos deputados federais Ricardo Salles (PL-SP) e Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS) por quebra de decoro parlamentar.
O partido acusa ambos de agirem de forma "misógina e machista" em relação à deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) durante a última sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), realizada na quarta-feira (12).
Leia também: CPI do MST completa dois meses sob críticas e com 70 pedidos aprovados; 60 são da oposição
Na ocasião, Zucco mandou Sâmia ficar "calada" e "respeitar os demais deputados", acusando-a de não deixar os outros parlamentares falar. "Qual é o seu objetivo, deputada Sâmia? Quer que eu encerre a sessão? Fique calada e respeite os demais deputados", ameaçou Zucco.
O presidente da CPI também permitiu que o deputado General Girão (PL-CE) também fizesse declarações "misóginas e absurdas" contra Sâmia, na visão do PSOL. O parlamentar disse em referência à deputada que "ela acha que por ser mulher não pode ser interrompida" e que respeitava as mulheres "responsáveis pela procriação e harmonia da família".
:: Salles e Zucco se calam ao serem cobrados por vídeos de invasões de residências ::
Salles, por sua vez, disse que a deputada estava se vitimizando e sugeriu uma representação conjunta contra a deputada. "Sempre que esta deputada quer se vitimizar diz que é interrompida, então esse momento precisa ficar registrado", afirmou o ex-ministro do governo Bolsonaro.
Edição: Nicolau Soares