O ministro Paulo Pimenta, Secretaria de Comunicação Social (Secom), afirmou na noite desta quarta-feira (26) que o economista Marcio Pochmann, vai assumir o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Pochmann é professor de economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Universidade Federal do ABC (UFABC), ambas em São Paulo. Foi presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e da Fundação Perseu Abramo.
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A indicação de Pochmann para o cargo sofreu ataques de integrantes da imprensa comercial. Em texto publicado no jornal O Globo, a colunista Malu Gaspar afirmou que integrantes do Ministério do Planejamento, ao qual o IBGE está ligado, seriam contra a indicação do economista. Nenhuma fonte do ministério foi identificada.
Também em O Globo, a jornalista Miriam Leitão afirmou que o economista "fez uma gestão ideológica no Ipea e o fará no IBGE, caso seja confirmado". Ela afirmou que "um risco é sempre a interferência na metodologia quando os dados não forem favoráveis ao governo".
Após a indicação, o colunista do UOL Josias de Souza, em um texto repleto de adjetivos, classificou a decisão como uma "cotovelada" de Lula em Simone Tebet.
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Após os primeiros ataques a Pochmann, o economista foi defendido por atores da esquerda, como a presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, a economista Juliane Furno e o presidente do PSOL, Juliano Medeiros. A Associação Brasileira de Economistas pela Democracia (Abed) publicou nota pública em defesa do economista.
Edição: Thalita Pires