O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) passou nesta quarta-feira (26) por um procedimento de infiltração para contenção de dores crônicas na região do quadril. Segundo comunicado oficial da presidência da República, o procedimento aconteceu "sem intercorrências".
No último domingo (23), Lula já havia passado por procedimento semelhante, em São Paulo. Nesta quarta, a infiltração foi realizada na unidade de Brasília do Hospital Sírio-Libanês. O presidente não terá compromissos oficiais até o fim do dia, mas, segundo o governo, deverá retomar a agenda habitual de atividades na quinta.
As dores sentidas pelo presidente são fruto de uma artrose, ou seja: o desgaste da cartilagem que reveste a articulação. No caso do petista, o desgaste acontece no encontro entre o fêmur e o acetábulo, uma das partes que compõem a bacia.
A infiltração (chamada formalmente de denervação percutânea) é uma medida paliativa para diminuir o desconforto do presidente antes de uma cirurgia pela qual ele deve passar no próximo mês de outubro. A cirurgia foi confirmada pelo próprio Lula durante a edição de terça-feira (24) do programa Conversa com o Presidente, organizado pela comunicação do governo.
"Eu quero fazer a cirurgia porque eu não quero ficar com dor. Ninguém consegue trabalhar com dor o dia inteiro. Então, eu sinto que, às vezes, eu estou com mau humor com meus companheiros", afirmou ao jornalista Marcos Uchôa, apresentador do programa.
Lula garantiu que a cirurgia não é urgente, e por isso foi agendada com antecedência, para ser encaixada entre eventos internacionais nos quais ele precisa estar presente: a Cúpula da Amazônia (em 8 e 9 de agosto, em Belém); a Cúpula do Brics (entre 22 e 24 de agosto, na África do Sul); a Cúpula do G20 (em 9 e 10 de setembro, na Índia) e a Assembleia Geral das Nações Unidas (em 19 de setembro, em Nova York).
Edição: Thalita Pires